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Dom Odilo: na Transfiguração, ‘Jesus deixou transparecer a sua divindade’

Em 6 de agosto, a Igreja celebra a Festa da Transfiguração, que remete ao relato bíblico (Lc 9,28b-26) segundo o qual Jesus subiu à montanha para rezar com os apóstolos Pedro, João e Tiago, e transfigurou-se, com seu rosto em esplendor de divindade; e de uma nuvem ouviu-se que Ele é o Filho amado de Deus, o Escolhido.

Dom Odilo preside missa na novena do Santuário do Senhor Bom Jesus em Pirapora (foto: Pascom do Santuário)

“Os apóstolos gostaram tanto que quiseram ficar sempre lá, porque era o céu, de fato. Por um momento, Jesus deixou transparecer a sua divindade, pois o que aparecia sempre era a sua humanidade, como a nossa, sujeita à dor, ao calor, ao frio, à fome, à sede. Naquele momento, porém, Ele deixou transparecer a sua divindade e foi uma coisa linda de se ver”, explicou o Cardeal Scherer, na edição do programa Encontro com o Pastor, da rádio 9 de Julho, da quarta-feira, 6.

O Arcebispo enfatizou que neste dia, todos são chamados a renovar a fé em Cristo, “verdadeiramente Filho de Deus e, ao mesmo tempo, homem como nós”, que “nos redimiu, assumindo aquilo que é a nossa fragilidade”, e que nos salva “fazendo-nos participantes da Sua glória e da Sua divindade, envolvendo-nos de misericórdia e perdão, atraindo-nos, assim, para si. Nele, encontrarmos a vida plena, a felicidade plena. Neste dia, olhemos para Jesus glorificado, transfigurado, e lembremos que esta também é a nossa grande meta: de um dia participarmos plenamente da glória de Jesus, ressuscitado e glorificado no céu”.

DE DESPREZADO A GLORIFICADO

O Cardeal lembrou ainda que na festa da Transfiguração ocorrem outras festividades na Igreja, como a do Senhor Bom Jesus ou da Sagrada Face. “São títulos que se unem à glorificação. O mesmo rosto de Jesus glorificado é o rosto de Jesus que foi desprezado, batido, esbofeteado e cuspido pelo orgulho, pela soberba humana e pela falta de fé e de respeito pelo próximo”, explicou.

Dom Odilo enfatizou que ainda hoje Jesus continua a ser maltratado quando o ser humano é desprezado, humilhado e vilipendiado. É isso que acontece, por exemplo, com muitos dos cristãos que são perseguidos em todo o mundo.

Desde 2015, a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) realiza em 6 de agosto o Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos, fato também lembrado pelo Arcebispo de São Paulo no programa de rádio.

“Recordamos os cristãos perseguidos em todo o mundo, católicos e não católicos, que sofrem por causa da sua fé. São milhões que não têm a liberdade para professar livremente a sua fé”, disse. “Existe perseguição religiosa, repressão, martírio, mas existe também uma forma silenciosa e dolorida de repressão que é o preconceito social, discriminação contra os que professam a fé em determinada religião. Isso é muito ruim! Toda pessoa tem a sua dignidade e a sua consciência, e deve ser respeitada. Portanto, a questão da liberdade religiosa é um assunto muito sério”, enfatizou, pedindo aos fiéis que rezem para que todos tenham a liberdade para professar a fé e louvar o Deus Uno e Trino.

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