André Brites
Para celebrar os 400 anos da Congregação da Missão, fundada por São Vicente de Paulo, os Vicentinos trouxeram ao Brasil as relíquias do Santo (uma costela), a carta de São Vicente a Santa Luísa de Marillac e uma esquife com a réplica do Apóstolo da Caridade, que viveu entre 1581 e 1660, na França, com dedicada atenção aos pobres, doentes e sofredores.
A peregrinação das relíquias na Arquidiocese de São Paulo começou no sábado, dia 1º, e prosseguirá até o dia 19 deste mês, passando por paróquias na seis regiões episcopais. Um dos objetivos dessa iniciativa é a difusão do carisma vicentino, ou seja, a apresentação do legado de São Vicente, suas experiências vivenciais, práticas e ensinamentos.
A missa de recepção das relíquias, na tarde do sábado, aconteceu na Paróquia São Vicente de Paulo, no bairro Moinho Velho, Região Ipiranga, com missa presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, tendo como concelebrantes Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, nomeado Arcebispo de Vitória (ES): Padre João Carlos Iankoski Portes, CM, Pároco; Padre Euzébio Spila, CM, Vigário Paroquial; e Padre Edson Friedrichsen, CM, Custódio das Relíquias, com assistência dos Diáconos Anivaldo Blasques e Feliciano Bonitatibus Neto.
TESTEMUNHO MISSIONÁRIO
Na homilia, Dom Odilo destacou que São Vicente de Paulo, ao perceber a pouquíssima formação cristã do povo de seu tempo, fez-se missionário popular e formou uma companhia de padres para serem missionários: “Nas missões, São Vicente viu de perto a pobreza em que o povo vivia. Então, ele ‘arregaçou as mangas’ e começou a organizar a caridade, a assistência aos enfermos, órfãos, famílias em situação de miséria. Homem de grande mística, alimentava sua fé pela espiritualidade”.
O Arcebispo também fez um paralelo entre este Ano Jubilar e os 400 anos da fundação da Congregação da Missão: “Vivemos agora os 2025 anos de Jesus Cristo, celebramos o Ano Jubilar, cujo tema é Peregrinos de Esperança. Somos movidos por uma esperança que não decepciona, como diz São Paulo. São Vicente de Paulo foi um homem de esperança. Por essa esperança, acreditou na ajuda e amor de Deus, acreditou na misericórdia de Deus, e se pôs a trabalhar. Por isso, neste Ano Jubilar, alegra-me ter a peregrinação das relíquias de São Vicente na Arquidiocese, para ser esse sinal da esperança. São Vicente, um peregrino da esperança. Também nós somos chamados a renovar-nos e fortalecer-nos na esperança e, assim como o Santo, colocarmos as mãos à obra”
(Colaborou: Pascom da Região Ipiranga)
