Dom Odilo: que Santa Edwiges nos ajude a ser generosos, amorosos e a reconhecer a Deus

Arcebispo Metropolitano presidiu missa no Santuário dedicado à Santa na zona Sul de São Paulo

No dia em que a Igreja recorda a memória litúrgica de Santa Edwiges, o santuário a ela dedicado, no bairro do Sacomã, na Região Ipiranga, realiza dez missas em louvor à padroeira. A primeira ocorreu às 5h30 e a última está prevista para as 21h30.

A missa das 15h da quarta-feira, 16, foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo São Paulo, tendo como concelebrantes sacerdotes da congregação dos Oblatos de São José (OSJ): Padres Mauro Negro (Provincial da Congregação), ChinakaJustin Mbaeri, Álvaro de Oliveira Joaquim, Lucas Raul de Farias e Orestes Monteiro –o Pároco, que agradeceu o Cardeal pela presença na festa da padroeira. 

“Quem está endividado?”, perguntou Dom Odilo ao saudar, de modo descontraído a assembleia de fiéis, aludindo ao fato de que Santa Edwiges é conhecida como a padroeira dos endividados.

“Mas ela também nos ensina a disciplina do cuidado, para que não caímos nas dívidas”, comentou o Arcebispo, ponderando que embora haja situações emergenciais que levam a pessoas a endividamentos, em algumas ocasiões isso decorre de vícios, como o crescente fenômeno das dívidas em razão dos jogos on-line, as populares bets. 

UMA VIDA INTENSA E ABNEGADA

Na homilia, o Arcebispo destacou a intensa vida de Santa Edwiges, que nasceu em família nobre, no século XIII, na Alemanha; foi dada em casamento a um príncipe polonês, mas após se tornar viúva e terem falecido alguns de seus filhos, decidiu consagrar a vida a Deus, dedicando especialmente à caridade aos pobres e doentes, empenhando toda a sua fortuna para este fim. Além disso, ingressou na vida monástica, seguindo os passos de sua filha, que também era uma monja beneditina da ordem cisterciense.

Dom Odilo ressaltou que Santa Edwiges “foi alguém sensibilizada diante dasnecessidades dos outros”, e enalteceu o fato de que ainda hoje muitas mulheres fazem o mesmo, dedicando-se nas boas obras da Igreja. 

O Arcebispo também recomendou que os fiéis não só venerem os santos, mas busquem conhecer a história de suas vidas, uma vez que estes homens e mulheres seguiram asverdades da fé: “Olhando para o exemplo deles, podemos ter a certeza de que estamos no caminho do Evangelho”. 

AMOR AO PRÓXIMO E RECONHECIMENTO A DEUS

Dom Odilo também recordou o Evangelho do 28º Domingo do Tempo Comum (cf. Mc 10,17-30), em que um homem, a procura de uma vida de santidade, vai até Cristo e o Senhor pede que venda seus bens para segui-Lo, algo que o rapaz não consegue fazer por não querer se desprender do que possuía. O Arcebispo lembrou que esta passagem ensina que verdadeiro bem da vida não está nas coisas que se adquire e se acumula ao longo do tempo, mas que o verdadeiro bem é alcançar a vida eterna, o que exige escolhas difíceis, mas não impossíveis, como demonstrado por Santa Edwiges.

“Que Santa Edwiges nos ajude a ser generosos, amorosos com as pessoas, a perdoar e a não ficar devendo amor recíproco. E que, sobretudo, não fiquemos devendo adoração a Deus, o amor a Ele e o reconhecimento a Deus”, exortou Dom Odilo.

Antes da bênção final, o Arcebispo motivou que esta comunidade paroquial bem como as demais na Igreja sejam fortes na adoração, louvor, escuta, diálogo, missão e caridade. “É isto que somos e devemos continuar a ser”, insistiu. 

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