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Dom Odilo: ‘Quem está unido a Jesus nesta vida, desde agora já traz em si também a vida eterna’

Lorenna Pirolo

No Cemitério da Vila Formosa, o maior da América Latina, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa solene na tarde do domingo, 2, Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos. Concelebraram os Padres Neidson Gomes, Pároco da Paróquia Menino Deus, e José Carlos dos Anjos, Pároco da Paróquia Santa Cruz, assistidos pelos Diáconos João Botura, Evangelista João de Souza e Ricardo Donizeti.

“Hoje, estamos aqui pelos nossos falecidos, mas também por nós”, disse o Arcebispo Metropolitano no começo da homilia, complementando: “Também nós temos nossas perguntas sobre a vida, a morte e o que vem depois da morte”.
O Purpurado centrou sua meditação no diálogo de Jesus com Marta, na passagem do Evangelho sobre a ressurreição de Lázaro. Ele recordou que Marta, embora lamentando a morte do irmão, já professava a fé judaica na ressurreição “no último dia”.

A grande novidade, destacou o Cardeal, é a resposta de Jesus: “‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais’”. Com esta fala, “Jesus traz a ressurreição do último dia para o presente”.

Dom Odilo explicou que, por meio da fé, a vida eterna não é apenas uma promessa futura, mas uma realidade que começa agora. “Quem está unido a Ele [Jesus] nesta vida, desde agora já traz em si também a vida eterna”. O Arcebispo comparou essa união àquela descrita no capítulo 6 do Evangelho de São João, no qual Jesus se apresenta como o “Pão da Vida”.

O Cardeal lembrou que todo o transcorrer da vida é uma preparação para a morte: “Assim como se vive, assim se morre. Se alguém vive no mau caminho, vai morrer no mau caminho. Por isso, Jesus nos convida a nos reconciliar enquanto estamos a caminho”.

Por fim, Dom Odilo conectou essa celebração ao tema do Ano Jubilar, “Peregrinos de Esperança”. Ele diferenciou as “esperanças humanas” – como se casar, ter uma casa ou um carro – da grande esperança cristã, que “depende de Deus”.

“Eu espero alcançar a misericórdia, eu espero alcançar a vida eterna, eu espero a ressurreição. Esta esperança é de Deus, na sua bondade e misericórdia”.

Após a celebração, o Cardeal visitou a Tenda de Oração, um ponto de acolhida, escuta e oração para os visitantes do cemitério promovido pela Pastoral da Esperança da Região Belém.

Por Fernando Arthur e Lorenna Pirolo
Colaboração especial para a Região Belém

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