Dom Odilo: ‘Santo Antônio procurava cultivar a comunhão com Deus a todo o instante’

Na quinta-feira, 13, a Igreja celebra a memória litúrgica de Santo Antônio, sacerdote franciscano e doutor da Igreja. 

No programa ‘Encontro com o Pastor’, na rádio 9 de Julho, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, destacou que Santo Antônio é “muito amado e muito venerado em toda a parte, em todo o mundo.”, 

Dom Odilo afirmou que Santo Antônio era fascinado pela vida religiosa agostiniana, mas com o crescimento do movimento franciscano, entrou para a ordem religiosa de São Francisco de Assis. Os dois santos viveram o auge de seu apostolado católico na primeira metade do século XIII.

“Santo Antônio se tornou um companheiro de São Francisco de Assis, e era por ele muito estimado, porque tinha estudos, era um teólogo e São Francisco o ouvia com muito gosto. Santo Antônio era instruído, humilde, um verdadeiro franciscano”, afirmou Dom Odilo. 

DEVOÇÃO POPULAR

O Cardeal explicou o porquê da devoção popular a Santo Antônio como umsanto “casamenteiro”. O Purpurado recordou a história de uma mulher que não conseguia arrumar um marido e queria muito se casar, e que foi até Frei Antônio, que a abençoou, e, tempos depois, ela conseguiu constituir uma família. 

“Casar-se, formar família, ser feliz em família, viver bem como casados, é um ideal cristão, uma bênção de Deus. E, por isso, que Santo Antônio pode ser invocado por aqueles que procuram o seu par, o seu companheiro ou a sua companheira para se tornar marido e mulher, para viverem juntos, formarem juntos um projeto de vida, vida a dois, vida no casamento, que depois também se torna vida com os filhos, dedicação aos filhos e dedicação um ao outro. É um ideal bonito que Deus abençoa. Assim, Santo Antônio pode ser invocado para interceder neste caso”, afirmou Dom Odilo. 

O Prelado também recordou a ligação de Santo Antônio com o pão e sua distribuição. 

“O pão sempre deve recordar o pão da comida, o pão da partilha, o pão da solidariedade, o pão da caridade.”, salientou, recordando que o pão não deve ser guardado, mas distribuído, como sinal de partilha. 

“O pão de Santo Antônio deve representar o pão da caridade, o pão partilhado, o pão da solidariedade, o pão que dá a vida, porque alimenta, nutre. Não o pão guardado egoisticamente para o meu benefício privado”, destacou. 

PREGADOR, MISSIONÁRIO, PENITENTE E MÍSTICO

Dom Odilo recordou ainda que Santo Antônio foi um grande missionário e pregador da Palavra de Deus. 

“Santo Antônio, missionário, foi aquele que pregou para que o povo se convertesse a Deus, que rezou muito nessa intenção”, ressaltou.

O Prelado afirmou que o Santo rezou muito pela conversão dos fiéis, e que fazia muita penitência para tal. 

“Não devemos nos esquecer de que Santo Antônio que fazia muita penitência para a sua própria conversão e a conversão do mundo, dos pecadores a Deus. Que todos se voltassem para Deus para receber misericórdia e perdão. Santo Antônio penitente nos deve inspirar. Que com a ajuda dele, façamos sempre penitência dos nossos pecados, nos convertamos, nos voltemos a ele. E por mais santa que seja uma pessoa nesta vida, ela continua sujeita a pecados, a quedas, a fraquezas e, portanto, invocamos a ajuda de Deus para que nós superemos nossos pecados e as tentações.” 

Por fim, Dom Odilo recordou que Santo Antônio era um homem místico, que tinha uma profunda amizade com Deus, e por isso é representado com o Menino Jesus no colo.

“Isso significa a proximidade, a amizade que ele tinha com Jesus. E Jesus, o Filho de Deus, nos leva para dentro da casa do Pai. Jesus, Filho de Deus, nosso amigo, nosso irmão. Em Santo Antônio, portanto, nós temos um belo exemplode um homem que sempre vivia unido a Deus, que procurava cultivar a comunhão com Deus a todo instante”, concluiu. 

OUÇA O PROGRAMA NA ÍNTEGRA AQUI:

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