Dom Rogério Augusto das Neves enfatiza que a família é ambiente de oração e de mútuo cuidado

Membros da Pastoral Familiar com Dom Rogério, após a missa na Catedral da Sé, no sábado, 17
Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Agentes da Pastoral Familiar das seis regiões episcopais participaram no sábado, 17, na Catedral da Sé, da missa de encerramento, em âmbito arquidiocesano, da Semana Nacional da Família 2024, que este ano teve como tema “Família e Amizade”, e lema “Amizade, uma forma de vida com sabor do Evangelho”.

A Eucaristia, também celebrada no contexto do tríduo da padroeira da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção, foi presidida por Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese e Referencial da Pastoral Familiar no Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tendo entre os concelebrantes o Padre Luiz Eduardo Pinheiro Baronto, Cura da Catedral, e o Cônego Helmo Cesar Faccioli, Auxiliar do Cura.

ORAÇÃO E VALOR ÀS COISAS SIMPLES

Dom Rogério, na homilia, lembrou que o ser humano tem dificuldade em reconhecer o grande valor das coisas aparentemente simples, como a oração cotidiana pelas próprias intenções ou em favor do próximo e o pedido de bênção: “Muitas vezes, uma bênção ou uma oração é tudo que uma pessoa está precisando; é a expressão máxima da sua confiança em Deus”.

O Bispo destacou que rezar pelos filhos é um compromisso dos pais e das mães, e recordou a passagem bíblica segundo a qual crianças foram levadas até Jesus para que Ele as abençoasse (cf. Mc 10,13-16).

“Possivelmente, eram pais, mães, pedindo orações pelos seus filhos. Estavam como nossos pais e mães quando procuram a Igreja e que reconhecem que não têm toda a capacidade de prover as necessidades dos filhos; que não são capazes de conduzi-los com seus próprios dons meramente humanos e, assim, pedem a Deus, com quem compartilham a maternidade e a paternidade, para que os ajude”.

Em entrevista ao O SÃO PAULO, Ana Filomena Garcia, que coordena a Pastoral Familiar da Arquidiocese ao lado do esposo, Luiz Fernando Garcia, destacou que um dos objetivos desta Pastoral é “levar Jesus às famílias na situação em que se encontram. Devemos acolher a todos e a oração é um meio profundo de alcançar as pessoas que precisam de nós”.

A SEMANA DA FAMÍLIA NA ARQUIDIOCESE

Ana Filomena sublinhou que a cada ano tem crescido o envolvimento das paróquias em realizar iniciativas como palestras, missas, momentos de oração e adoração ao Santíssimo e confraternizações durante a Semana da Família.

Ao comentar sobre o tema deste ano, Ana Filomena apontou que amizade com Jesus envolve o cuidado, o respeito e o zelo pelos membros de cada família e pelas demais pessoas com quem se convive: “Dessa maneira, vamos vivenciando a prática de Jesus, que é amor e compaixão. Um dos temas propostos para esta semana foi o diálogo conjugal, que é muito oportuno em um tempo tão acelerado pelo ‘fazer’, diante do qual nos esquecemos de que o cultivo da amizade está no ouvir e falar compassivamente”.

A coordenadora da Pastoral Familiar, fazendo alusão ao que disse Dom Rogério na homilia, afirmou ser fundamental que as famílias voltem a valorizar as coisas simples e significativas, com a oração e a bênção, e os gestos de carinho, como um abraço e um colo. “Dom Rogério nos disse que a oração é um grau elevado do ser humano ir até os limites de sua capacidade e lembrar que existe Alguém para além de nossas forças”, concluiu.

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