Festival Revelando SP tem exposição comemorativa dos 70 anos da Catedral da Sé

O maior festival da valorização das culturas tradicionais paulistas, o Revelando SP, foi aberto na capital paulista na quinta-feira,12, e segue até 15 de setembro no Parque da Água Branca, com entrada gratuita. Nesta edição, o evento participa das comemorações dos 70 anos da Catedral da Sé, da Arquidiocese de São Paulo, por meio de uma exposição de objetos que pertenceram à antiga catedral e que hoje fazem parte do acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo.

ARTE SACRA

Essa parceria com o museu dentro do Revelando SP também oferece ao público mais duas exposições, que mostram a forte relação das culturas formadoras da identidade paulista com a fé. Em “Arte sacra para ver e sentir”, réplicas de imagens de santos, em 3D, estarão à mostra e poderão ser tocadas.

“Olhares da Fé”, por sua vez, traz um recorte da produção da fotógrafa Angelita Lot, que há 16 anos acompanha e registra as comemorações em homenagem a Frei Galvão, primeiro santo brasileiro.

O Revelando SP conta ainda com outras mostras, que trazem a experiência da cultura por meio da estética, como a Exposição Tropeira, com as chamadas “tralhas”, objetos de montaria e do cotidiano do homem sertanejo, e o espaço Empório Vitrine, que, além de expor produtos que estarão à venda nos stands do festival, trará a interatividade, aproximando os visitantes das histórias por trás dos pratos, dos artesanatos e das mais variadas manifestações culturais.

OUTRAS ATRAÇÕES

O Revelando SP, que oferece ao público uma verdadeira viagem pelas tradições culturais do estado de São Paulo, conta com 183 participantes, representando mais de 100 municípios de 14 regiões paulistas. Serão 86 stands de artesanato e 53 de culinária. Além disso, 44 representantes das mais diversas manifestações culturais paulistas se apresentam ao longo do evento, com música, dança e muito mais.

A programação conta, ainda, com shows de nomes da música brasileira. Também se destacam na programação três encontros especiais, que reúnem manifestações da cultura popular, mostrando a força dessas tradições. No sábado, o Revelando SP traz o Encontro de Folias e o Encontro dos Tambores. Domingo, último dia do evento, tem ainda o Encontro de Congadas e Moçambiques.

O FESTIVAL

Iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio de sua Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, o Revelando SP tem gestão e produção da Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA) e conta com o apoio institucional do Metrô – Companhia do Metropolitano de São Paulo, do Sebrae e da Sabesp.

O festival, que já teve mais de 60 edições ao longo de quase três décadas, oferece ao público uma viagem pelas tradições do estado de São Paulo. O festival promove uma amostra de produções artesanais, culinária típica e manifestações culturais, como moda de viola, expressões da cultura tropeira, catira, congada, música e dança de povos originários.

Em entrevista à rádio 9 de Julho, Gláucio Franca, diretor-geral da APAA, definiu o Revelando SP como o “grande encontro dos guardiões da cultura tradicional, levando a prática e costumes para as novas gerações, possibilitando a transmissão da cultura de geração em geração”. Para ele, o sucesso do festival está ligado a uma série de fatores: saudosismo, curiosidade cultural, gastronomia (pela variedade de sabores), artesanato e shows.

“Muitas das manifestações culturais do Revelando são ligadas à fé, em especial da Igreja Católica, como homenagens aos santos, a religiosidade tem uma influência imensa na cultura do nosso povo, existe um processo de retroalimentação entre os ritos litúrgicos oficiais e as manifestações populares, uma atua na perpetuação do outro”, sublinhou Gláucio.

CINCO EDIÇÕES

Em 2024, o Revelando SP foi expandido para cinco edições: Barretos, em maio; Iguape, em junho; São José dos Campos, em julho; Presidente Prudente, em agosto; e São Paulo, encerrando o calendário do festival, em setembro.

Marilia Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, explicou que a ampliação das edições do festival se deu pela necessidade de troca das experiências regionais, valorizando os encontros regionais.

“A cultura não pode ser vista como um gasto, ela é um investimento no ser humano. Desenvolve nossa capacidade de nos reconhecer, por senso crítico e a construção de seres humanos melhores passa pelo fortalecimento da cultura. É um setor que gera riqueza, gera renda, um setor que vem crescendo em nosso país; a criatividade nas suas diversas formas, fazem parte de uma cadeia produtiva que gera mais felicidade e seres humanos melhores”, completou a secretária, também à rádio 9 de Julho.