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José Antônio: ‘O casamento é uma dádiva de Deus’

“Pela sua própria natureza, a instituição matrimonial e o amor conjugal estão ordenados à procriação e à educação dos filhos, que constituem o ponto alto da sua missão e a sua coroa.”
(Catecismo da Igreja Católica, 1652)

Arquivo pessoal

“O Zequinha da Maria”. É assim que José Antonio da Silva, 62, é conheci­do pela maioria das pessoas no Jardim Brasília, na zona Noroeste da capital paulista. O ajudante de madeireira é casado há 30 anos, amor que frutificou nos filhos Gabriel, 27, e Vanessa, 24.

Atuante nas Pastorais do Dízimo, da Liturgia e da Limpeza, bem como no Encontro de Casais com Cristo da Paróquia Nossa Senhora das Dores, na Região Brasilândia, Zequinha e Maria sempre encaminharam os fi­lhos na fé, por meio dos sacramentos da Igreja.

“Como pai, é muito importante rezar para que a fa­mília seja mais unida e cres­ça sempre na fé. Além disso, ter uma vida ativa na comu­nidade é muito importante para que os filhos possam se espelhar nas nossas ati­tudes, e, também, seguir os mesmos caminhos nas nos­sas comunidades”, ressalta Zequinha, lembrando que somente “pela fé e com mui­ta oração” é possível superar os desafios que surgem ao longo do tempo na vida de um pai, o que inclui respei­tar as escolhas dos filhos e acolhê-los com amor diante das incompreensões que so­fram.

Como alguém sempre disposto a dar “uma palavra amiga para cada pessoa que possa conversar”, Zequinha frequentemente dialoga com os mais jovens e outros casais sobre a vivência da paternidade: “Como pai, marido e esposo, casado há 30 anos – com uma mulher maravilhosa –, só posso dizer que o casamento é uma dádiva de Deus”, assegura, estimulan­do os recém-casados à abertura à vida.

“Jovem, que você possa começar seu casamento colocando Deus no centro de tudo e que você e sua espo­sa possam se amar muito para sem­pre. Ser pai é a melhor coisa do mundo

Quando você vê aquele ser vivo vindo ao mundo, sua vida nunca mais vai ser a mesma, tanto para alegria quando para tristeza. Com a graça de Deus e o amor de Maria, tudo suporta­mos e, assim, queremos que eles cresçam e sejam muito felizes”.

Por fim, Zequinha lem­bra que diante das preocupa­ções que surgem conforme os filhos vão crescendo, é fundamental que os pais es­tejam alicerçados na fé: “Se nós não estivermos no cami­nho do Senhor não será fácil, mas com a graça de Deus, vamos firmes e fortes nessa vocação que Deus nos per­mitiu de ser Pai”.

“Talvez o homem de hoje não sinta a beleza, a grandeza e conforto profundo contidos na palavra ‘pai’, com a qual podemos dirigir-nos a Deus na oração, porque hoje em dia a figura paterna com frequência não está suficientemente presente, e, também, muitas vezes não é suficientemente positiva na vida cotidiana. A ausência do pai, o problema de um pai não presente na vida do filho, é uma grande chaga do nosso tempo, e por isso torna-se difícil compreender na sua profundidade o que significa que Deus é Pai para nós. Do próprio Jesus, da Sua relação filial com Deus, podemos aprender o que quer dizer propriamente ‘pai’, qual é a natureza autêntica do Pai que está nos céus.”
(Papa Bento XVI, Audiência geral – 23/05/2012)

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