Medalha São Paulo Apóstolo reconhece as testemunhas da esperança cristã na cidade

Cardeal Odilo Pedro Scherer, bispos auxiliares e os contemplados com a Medalha São Paulo Apóstolo 2024, conferida pela Arquidiocese em cerimônia na terça-feira, dia 27, no Tuca
Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Na noite da terça-feira, 27, no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Tuca), aconteceu a cerimônia de entrega da Medalha São Paulo Apóstolo 2024. 

Instituída em 2015 pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, a Medalha visa a estimular e dinamizar a vida eclesial e pastoral na Arquidiocese de São Paulo, reconhecendo pessoas e instituições que se dedicam a estes propósitos. 

Na abertura da cerimônia de premiação, o Arcebispo Metropolitano destacou que a Medalha reconhece o esforço e a dedicação daqueles que fazem coisas boas na Arquidiocese: “É bom que isso apareça e possa ser também dignificado com reconhecimento público. Evidentemente, nós não fazemos as coisas na Igreja para sermos reconhecidos simplesmente – nós fazemos pelo Reino de Deus –, mas Jesus também disse: ‘Brilhem as vossas boas obras, para que vendo-as glorifiquem o Pai do céu’ [cf Mt 5,16]. Portanto, é justo reconhecer as boas obras, o bem que é feito, as ações que edificam a Igreja e as outras pessoas de muitas formas”.

Dom Odilo também agradeceu o empenho dos membros das comissões organizadora e julgadora da Medalha São Paulo Apóstolo e a todos que indicaram pessoas e instituições para receber a premiação. “Ninguém propõe a si mesmo para receber a premiação. É sempre alguém que propõe a outro. Portanto, agradeço àqueles fizeram indicações”, disse, parabenizando, por fim, a todos que os premiados na edição de 2024.

A Medalha foi concedida a sete pessoas e a três instituições e houve uma menção honrosa. A seguir, conheça mais sobre os contemplados. 

TESTEMUNHO LAICAL

Nesta categoria a contemplada foi Maria do Carmo Ferreira Lopes (Zina). Pernambucana, a homenageada tem 88 anos. Aos 22 anos, casou-se e se mudou para São Paulo. Aos 23, tornou-se mãe e aos 24, ficou viúva. Nessa época, começou a trabalhar como costureira para sustentar a família. Aos 28 anos, casou-se novamente e foi morar na Vila Rica, na zona noroeste da capital paulista, onde reside até hoje e teve mais dois filhos. 

Na década de 1980, Zina engajou-se na Sociedade São Vicente de Paulo, na Pastoral da Saúde e na Fraternidade Cristã de Pessoas com Doença e Deficiência. Seu testemunho de serviço aos mais necessitados, unido à sua fé e engajamento eclesial, fizeram dessa mulher uma referência para a comunidade eclesial da Região Brasilândia.

SERVIÇO SACERDOTAL

A premiação nesta categoria concedida ao Padre Tarcísio Justino Loro, que por 36 anos foi Pároco na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Vila Leopoldina, Região Lapa. 

Com 77 anos de vida e 40 anos de sacerdócio, Padre Tarcísio possui graduação em Letras, Pedagogia, Direito e Teologia, sendo esta última pela Pontifícia Universidade de Estudos São Tomás de Aquino, em Roma. É mestre em Comunicação e Semiótica, doutor em Ciências (Geografia Humana) e doutor em Teologia. Atuou como professor da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo até o ano de 2019. 

AÇÃO CARITATIVA E DE PROMOÇÃO HUMANA

O escolhido foi Sérgio Comolatti, presidente do conselho de administração do grupo Comolatti. Bacharel em Administração de Empresas, com Especialização em Finanças e Marketing, ingressou no grupo empresarial fundado por seu pai, Evaristo Comolatti, em 1970. 

Em 1993, Sérgio assumiu a presidência das empresas, permanecendo até dezembro de 2022. Entre os projetos sociais desenvolvidos, destaca-se o investimento em ciência, cultura e educação, a restauração de sinos de igrejas brasileiras, a revitalização de praças italianas em São Paulo, investimento em esporte, eventos beneficentes, entre outros. Ana Lucia Comolatti, sua esposa, recebeu a Medalha em seu nome. 

AÇÃO MISSIONÁRIA

O Padre Roberto Fernando Lacerta, Pároco da Paróquia Menino Jesus, no Tucuruvi, Região Santana, e coordenador do Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo (Sejusp), foi homenageado na categoria Ação Missionária. 

O reconhecimento foi motivado pelo trabalho realizado na coordenação pastoral, desde 2018, da comemoração arquidiocesana do Dia Nacional da Juventude, na Campo de Marte, iniciativa que tem registrado a participação e dezenas de milhares de jovens da região metropolitana e de cidades do interior do estado.

INOVAÇÃO NA METODOLOGIA PASTORAL

O contemplado nesta categoria foi o maestro Delphim Rezende Porto, diretor de música da Catedral da Sé e da São Paulo Schola Cantorum. Graduado em Pedagogia e em Música, é também mestre e doutor em Musicologia pela USP.

Com o seu trabalho, ele tem revolucionado o ensino e a prática da música litúrgica nas paróquias, incentivando a participação do povo no canto litúrgico, além de valorizar os jovens talentos.

EDUCAÇÃO CRISTÃ

A premiada com a Medalha São Paulo Apóstolo foi a Irmã Lourdes Trombeta, da Congregação das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição de Maria e diretora-geral do Colégio Franciscano Stella Maris, em Pinheiros.

À frente desta instituição, ela participou ativamente das iniciativas do Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade, especialmente do caminho sinodal da Arquidiocese, em todas as suas etapas, sendo representante das escolas católicas na assembleia sinodal arquidiocesana. 

INSTITUIÇÕES 

Na categoria Cultura, foi homenageado o Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva, instituição que completou 100 anos em 2018, cujo acervo, como destaca a justificativa da homenagem, destaca-o como “um guardião da memória coletiva, um tesouro inestimável para o estudo e a preservação do patrimônio histórico e cultural da Igreja e da sociedade de São Paulo e do Brasil”.

Já a Caritas Arquidiocesana de São Paulo (CASP) foi premiada na categoria Comunicação Social. Esta organização realiza a animação, promoção da caridade e articulação da ação social em nome da Arquidiocese de São Paulo. Para essa missão de articulação e comunhão do serviço da caridade, a CASP se utiliza dos meios de comunicação, em especial das mídias sociais, além da capilaridade das comunidades eclesiais, por meio de seus agentes e voluntários. A partir deste ano, iniciou a produção de um caderno temático trimestral no seminário arquidiocesano O SÃO PAULO.

Na categoria Serviço Social, a medalha foi conferida à Obra Social Santa Edwiges, entidade localizada na com atuação na zona Sul da cidade, mais precisamente em Heliópolis e no Sacomã, com o objetivo de promover a inclusão social, o desenvolvimento de valores sociais, morais e éticos por meio de diversos serviços. 

MENÇÃO HONROSA

O Cônego José Arnaldo Juliano dos Santos, Pároco da Paróquia São Cristóvão, no bairro da Luz, e Coordenador de pastoral na Região Sé recebeu a Medalha São Paulo Apóstolo como menção honrosa. 

Nascido em São Paulo em 1951, ele foi ordenado sacerdote em 1985. Atuou pastoralmente em diversas paróquias da Arquidiocese, foi formador no seminário arquidiocesano e professor da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção. Foi, ainda, um dos relatores do 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo.

ENTREGA FUTURA

Entre os contemplados com a Medalha São Paulo Apóstolo em 2024 também está Sandra Ramalhoso, coordenadora da Pastoral da Pessoa com Deficiência da Arquidiocese de São Paulo, homenageada na categoria Defesa e Promoção da Vida e Dignidade Humana. Por motivos particulares, ela não pôde comparecer à cerimônia e receberá a premiação oportunamente.

A cerimônia de entrega foi transmitida pelo Youtube da TVPUC (@tvpuc) e pelas redes sociais da Arquidiocese (@arquisp), nas quais também é possível assistir trechos específicos da cerimônia. 

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