Missão, oração e esperança são temas do I Simpósio Missionário

Na manhã do sábado, 21, no Colégio Franciscano São Miguel Arcanjo, na Vila Zelina, aconteceu o I Simpósio Missionário da Região Belém, com o tema “Missionários e Peregrinos de Esperança”. 

Dom Cícero Alves de França, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, presidiu a conferência de abertura do simpósio, durante a qual ressaltou a relação da oração com a missão. O Prelado destacou que “a missão sem a oração não existe, e a oração deve nos impulsionar e embasar para a missão, que é a vida da Igreja”. 

Em seguida, os participantes foram divididos em três oficinas sobre os documentos da Igreja. A Oficina I, conduzida pelo professor mestre Tiago Cosmo, abordou a constituição dogmática Dei Verbum, ressaltando a relação entre as Sagradas Escrituras e a missão e os desafios missionários da animação bíblica da pastoral na grande cidade. As últimas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023) expuseram que, na cidade, o que aparece como valor e, ao mesmo tempo desafio, é a individualidade. 

O Padre Vidal Valentín Cantero Zapattini, CSS, Assessor Eclesiástico para a Comissão Missionária regional, destacou que “a constituição dogmática Dei Verbum, do Concílio Vaticano II, ajuda-nos a voltar ao essencial, no intuito de evitar os fundamentalismos e uma leitura puramente intimista da Sagrada Escritura”.

Já a Oficina II, conduzida pelo professor doutor André de Fiori, abordou a constituição dogmática Lumen gentium, destacando a Igreja e a missão, e os desafios missionários à Igreja em saída na grande cidade. 

O professor ressaltou que “o espírito conciliar de aggiornamento iluminou a abertura da Igreja para as realidades histórico-sociais do século XX. Nesse mesmo espírito, “esta oficina visou, à luz da constituição dogmática Lumen gentium, a refletir sobre luzes e sombras para a missão eclesial na vasta e desafiadora seara dos grandes centros urbanos, suas realidades e identidade.”

A Oficina III se debruçou sobre a Sacrossanctum Concilium, que compreende a Liturgia na missão da Igreja. O professor mestrando Anderson Perini ressaltou a relação entre liturgia e missão e os desafios missionários à liturgia na grande cidade. 

“Celebrar é uma ação sagrada que visa a Deus ser louvado e ao mesmo tempo o ser humano ser tocado por Ele. O Concílio expressa que a Liturgia é uma atividade cristã central da missão da Igreja, pois se trata de uma ação fundada na ação de Cristo no interior da ação dela mesma. Todavia, para alcançar esse objetivo, devemos ser iniciados na fé de tal maneira que participamos de modo ativo, consciente e plenamente. Para isso, apresentamos os desafios da realização da Liturgia conciliar em nossos tempos em uma metrópole como São Paulo, e os entraves e tendências que impedem ainda essa participação. Como luz, apresentamos os documentos do Papa Francisco que insiste na Formação Litúrgica e na promoção de uma liturgia participativa e envolvente”, afirmou. 

Padre Vidal ressaltou que um dos intuitos do I Simpósio Missionário foi abordar os documentos sugeridos pelo Papa Francisco, em preparação para o Jubileu Ordinário de 2025, para corresponder aos pedidos do Cardeal Scherer e de Dom Cícero em estudar esses documentos. Um segundo objetivo foi potencializar a pastoral de conjunto nas atividades pastorais. O Sacerdote recordou que no evento foram abordados quatro dimensões: orante, bíblica, eclesial e litúrgica. 

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