Monges carmelitas atestam que o corpo de Santa Teresa continua incorrupto

Ordem do Carmelo

O caixão de prata de Santa Teresa d’Ávila foi aberto em Alba de Tormes, na Espanha, no dia 28 de agosto, e os monges carmelitas confirmaram que seu corpo permaneceu incorrupto desde sua morte, em 1582. A iniciativa marca o início do estudo de suas relíquias, que será realizado por médicos e cientistas italianos, com a aprovação do Vaticano.

A última abertura do caixão de Santa Teresa aconteceu há 110 anos, em 1914. A Diocese de Ávila quer agora obter de Roma o reconhecimento canônico das relíquias.

Santa Teresa, nascida em 1515, foi uma religiosa espanhola, uma das grandes místicas e autora de clássicos espirituais. Ela iniciou a reforma carmelitana, que restaurou e enfatizou o caráter contemplativo da vida religiosa. Santa Teresa foi elevada a doutora da Igreja em 1970 pelo Papa Paulo VI, a primeira mulher a ser reconhecida com o título.

O caixão foi aberto apenas na presença da equipe médica científica e de membros da corte eclesiástica. Os estudiosos, segundo comunicado da Diocese, ficaram impressionados com seu “magnífico” estado de preservação e robustez. A equipe elogiou ainda o “excelente” acabamento do túmulo de Santa Teresa, que foi doado à comunidade pelo rei Fernando VI e sua esposa, Bárbara de Bragança.

Dois ourives auxiliaram na operação de abertura do túmulo e foram utilizadas dez chaves que o protegem: três que estão guardadas em Alba de Tormes, três guardadas pelo Duque de Alba, outras três que o padre geral guarda em Roma, além da chave guardada pelo rei da Espanha. Três dessas chaves servem para abrir o portão externo, três servem para abrir o túmulo de mármore e as outras quatro servem para abrir o caixão de prata.

Uma primeira olhada em seu corpo revelou, conforme relato do Padre Marco Chiesa, postulador geral da ordem dos Carmelitas Descalços, que “os últimos anos foram difíceis para que andasse, devido às dores que ela mesma descrevera”.

Ele acrescentou que ao “analisar seu pé, vimos a presença de espinhos calcários que tornavam quase impossível caminhar. Mesmo assim, ela caminhou”, tendo a capacidade de “seguir em frente, apesar das suas limitações físicas”, explicou o postulador.

“Ainda é cedo para obter resultados conclusivos”, afirmou o Padre Chiesa, mas garantiu que com o novo estudo será possível “conhecer fatos interessantes sobre Santa Teresa e recomendações para a conservação das relíquias”.

Fonte: UCA News

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