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Na Festa de Nossa Senhora do Bom Parto, fiéis são convidados a ‘nascer de novo’

Ivan Santos Goes

A comunidade paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Bom Parto, no Tatuapé, celebrou com grande solenidade a sua padroeira, no dia 8. A missa solene, que reuniu centenas de fiéis, foi presidida por Dom Cícero Alves de França, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém. Concelebraram o Cônego José Miguel Oliveira, Pároco; o Padre Miguel Lisboa Aguiar, Vigário Paroquial; e o Cônego Tarcísio Marques Mesquita, Pároco da Paróquia São Carlos Borromeu.

UM CONVITE À ALEGRIA E À TRANSFORMAÇÃO

Na homilia, Dom Cícero convidou os fiéis a olharem para a Virgem Maria como o modelo perfeito de amor a Deus. “Tudo aquilo que Deus fez em Maria, Deus quer fazer em cada um de nós”, iniciou o Bispo. Ele explicou que a saudação do anjo, “cheia de graça”, revela a essência de Maria: uma mulher que amou a Deus de forma pura e total, colocando-O como o centro de sua vida. “Celebrar a memória de Maria é celebrar, também, este desejo nosso de amar a Deus acima de tudo”, afirmou.

Refletindo sobre o Evangelho da Visitação, Dom Cícero destacou que o encontro de Maria e sua prima Isabel é marcado por uma profunda alegria. “A criança pulou de alegria no meu ventre”, recordou, enfatizando que esta deve ser a marca da comunidade cristã. “Quando Jesus chega na nossa vida, mesmo que estejamos atravessando dores e dificuldades, a nossa marca é a alegria. A mãe do meu Senhor veio estar comigo, e isso é motivo de alegria”.

Ao meditar sobre o título da padroeira, “Nossa Senhora do Bom Parto”, o Bispo Auxiliar aprofundou a reflexão, afirmando que a celebração é um convite para além da defesa da vida humana desde a concepção. É um chamado para que cada cristão experimente um constante renascimento espiritual.

“O parto é sempre um nascimento. Hoje, nós somos convidados a nascer em Deus e com Deus”, pregou Dom Cícero. “O cristão é aquele que todos os dias ousa nascer. É aquele que todos os dias passa por um parto. E, assim, nascendo, deixamos o velho homem, a velha mulher, para trás”. Ele interpelou os presentes a refletirem sobre “qual é o homem e a mulher velha que precisam ser sepultados” para que possam ser transformados e restaurados pela força de Deus.

Ao final da celebração, o Prelado rezou de modo especial por todas as gestantes e também pelas mães que perderam seus filhos.

Por Fernando Arthur
Colaboração especial para a Região Belém

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