Na manhã do sábado, dia 1º, Solenidade de Todos os Santos, 134 jovens e adultos receberam o Sacramento da Confirmação na Paróquia São José do Belém, uma das 12 igrejas de peregrinação na Arquidiocese. Deste total, 133 são da Missão Belém e uma jovem da própria Paróquia.
A missa solene foi presidida por Dom Cícero Alves de França, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém. Concelebraram os Padres Gianpietro Carraro, Fundador da Missão Belém; Marcelo Maróstica Quadro, Pároco local; e Paulo Gomes da Silva Jr., Vigário Paroquial.
Ao apresentar os crismandos a Dom Cícero, Padre Gianpietro explicou que o grupo era formado por 100 “irmãos das casas de acolhida” e 33 dos “grupos de evangelização”. Ele destacou a jornada dos que vieram do acolhimento: “Renunciaram ao homem velho, renunciaram à vida passada de droga, de vícios, de roubos… e escolheram ser homens novos”.
“Hoje é a solenidade de Todos os Santos. Nós não somos santos, mas estamos desejando com todas as nossas forças sermos santos”, prosseguiu Padre Gianpietro.
Na homilia, Dom Cícero aprofundou este tema, afirmando que a festa de Todos os Santos “é um estímulo para todos nós, para que sejamos também santos”. Ele definiu o santo a partir da liturgia: “Ser santo é ter a coragem de desprender-se de si mesmo, lavar as suas vestes no sangue do Cordeiro”. É “assumir Deus como primeira realidade” e, como diz o Evangelho, ser um “bem-aventurado”.
Dirigindo-se diretamente aos crismandos e sua história de vida, o Bispo ofereceu uma definição consoladora da santidade: “Eu gosto de pensar que o santo, a santa, é um pecador arrependido e perdoado”. E completou: “O santo também pecou, mas arrependeu-se, foi perdoado e colocou Deus como centro de sua vida”.
Dom Cícero explicou que a Crisma é o “sacramento da maturidade” e que o Espírito Santo é o “motor da santificação”, que “gera em nós a santidade”. O objetivo deste dom, segundo o Bispo, é a missão: “Para que vocês possam testemunhar com a própria vida Jesus Cristo”.
Ele ressaltou que este testemunho não é dado pela força humana, mas pela “força que vem do alto, o Espírito Santo”. Receber o sacramento, disse, é uma declaração pública: “Com este sacramento, vocês estão dizendo: ‘Eu quero ser católico de verdade’. Católico que é chamado à santidade e a santificar os outros por meio do seu testemunho”.
“Vocês não estão sozinhos”, assegurou Dom Cícero ao final. “Se Jesus está ao nosso lado, nós somos fortes e podemos dizer: ‘Eu vivo a minha vida sob a luz do Espírito Santo’”.
Por Fernando Arthur
Colaboração especial para Região Belém
