Peregrinos e paroquianos vivenciam tempo de graças na Igreja Nossa Senhora da Expectação

Uma das paróquias mais tradicionais de São Paulo, erigida em 15 de setembro de 1796, a partir da tripartição da Freguesia da Sé, até então a única circunscrição da Diocese de São Paulo, a Igreja Nossa Senhora da Expectação, na Freguesia do Ó, é um dos 12 templos de peregrinação na Arquidiocese neste Ano Jubilar. 

Quem chega à igreja e se identifica como peregrino encontra todo o suporte da Pastoral da Acolhida e pode retirar na secretaria paroquial o subsídio preparado pela Comissão Jubilar da Arquidiocese de São Paulo como roteiro para todos os grupos, no qual constam preces específicas, um momento de contemplação da cruz, a renovação das promessas batismais, a oração diante da imagem da Virgem Maria e o Ato de Esperança, com a Oração do Jubileu. 

Para bem acolher os peregrinos, os membros do Conselho Paroquial Pastoral (CPP) participaram de encontros e formações com esse propósito. 

“A Pastoral da Acolhida está munida de instruções suficientes para bem acolher os peregrinos e fiéis, bem como toda a Pastoral da Liturgia e a Pastoral da Comunicação (Pascom). Além das atividades já previstas, a Pascom está atenta à divulgação em nossas redes sociais das peregrinações recebidas. O Ano Santo 2025 é um tempo de graça e renovação para toda a Igreja”, ressaltou, ao O SÃO PAULO, o Padre Jorge da Silva, Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Expectação, no Decanato São Pedro da Região Brasilândia. 

Desde o início do Ano Jubilar, cinco grupos – de paróquias ou pastorais – já peregrinaram a esta igreja, partindo de frente do Cemitério Freguesia do Ó. Em razão da intensa programação da Quaresma e da Semana Santa neste mês, os próximos grupos de peregrinação estão agendados apenas para maio, sempre aos sábados. Grupos interessados em peregrinar à Igreja Nossa Senhora da Expectação devem entrar em contato com a secretaria paroquial (veja detalhes no box). 

PEREGRINANDO EM UMA IGREJA HISTÓRICA 

Durante a peregrinação, o fiel também pode conhecer um pouco das origens desta igreja. “Como uma das mais antigas de São Paulo, a edificação apresenta em cada canto histórias de fé e devoção que ajudam a contar a história da comunidade de fé, constituída em mais de 200 anos. Como destaque, temos a Capela do Santíssimo Sacramento, um templo pequeno, mas em que os fiéis podem se deter em um momento de adoração. Há, ainda, os altares laterais, como o altar de Santo Antônio de Categeró, que era escravo e cuja relíquia encontra-se na igreja para visitação e veneração”, detalhou Padre Jorge. A bandeira e a lamparina do Jubileu 2025 estão em uma das laterais do presbitério.

A atual igreja matriz da Paróquia Nossa Senhora da Expectação foi inaugurada em 1901, após a primeira capela ser consumida por um incêndio em 1896. Desde 1992, o templo é tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). Na Paróquia também ocorre a bicentenária Festa do Divino, iniciada em 1821, com os festejos realizados na proximidade da Solenidade de Pentecostes, mas com mobilizações de fé durante o ano todo, conduzidas pelos “divineiros”, os leigos que transmitem essa tradição de geração em geração.

MISSAS E CONFISSÕES

Participar das missas, comungar e realizar a Confissão sacramental são algumas das condições para se obter, neste Ano Jubilar, a indulgência plenária – a remissão total da pena temporal devida pelos pecados.

Na Igreja Nossa Senhora da Expectação, as missas acontecem às segundas-feiras às 15h e de terça a sexta-feira às 7h e 19h30 (exceto às quintas-feiras à noite, quando ocorre na Capela Santa Teresinha do Menino Jesus). Aos sábados, as missas são às 8h e às 16h; e aos domingos, às 7h, 9h, 11h e 18h. Também no dia 18 de cada mês, há missas às 7h, 15h e 19h30, em honra a Santo Antônio de Categeró.

Esta igreja de peregrinação também conta com diferentes momentos orantes: adoração ao Santíssimo, às quintas-feiras, das 7h30 às 20h; Terço dos Homens, às terças-feiras, às 20h30; e Terço das Mulheres, às quintas-feiras, às 19h30; e de segunda-feira a sábado, após a missa das 7h, há o Terço com a comunidade.

Já o atendimento de Confissões ocorre de segunda-feira a sábado, das 8h às 11h e das 16h às 19h. A busca deste sacramento é especialmente recomendada neste Ano Jubilar, conforme orienta o Papa Francisco na bula Spes non confundit, com a qual proclamou o Jubileu 2025: “A Reconciliação sacramental não é apenas uma estupenda oportunidade espiritual, mas representa um passo decisivo, essencial e indispensável no caminho de fé de cada um. Ali permitimos ao Senhor que destrua os nossos pecados, sare o nosso coração, nos levante e abrace, nos faça conhecer o seu rosto terno e compassivo”.

ÂNIMO PARA A CAMINHADA PASTORAL

Padre Jorge tomou posse como Pároco no fim de janeiro. Nestes primeiros meses, ele e o Padre Douglas da Silva Gonzaga, Vigário Paroquial, têm buscado animar a vida de fé da comunidade “com a reestruturação de algumas pastorais e movimentos, e com a criação de horários de Confissões todos os dias, adoração ao Santíssimo todas as quintas-feiras, em comunhão com a Arquidiocese de São Paulo, que reza neste dia de maneira especial pelas vocações, e com visitas aos enfermos em mais dias da semana. Ainda temos proporcionado formações com toda a catequese e encontros periódicos do Conselho de Assuntos Econômicos Paroquial (Caep) e do Conselho Pastoral (CPP)”.

Em março, aconteceu um momento formativo sobre a Campanha da Fraternidade de 2025 – “Fraternidade e Ecologia Integral” – e uma formação catequética. “Também estamos realizando formações e visitas missionárias aos enfermos, ao cemitério, hospital e a um lar de idosos”, detalhou o Pároco.

Padre Jorge lembrou, ainda, que os jovens da Paróquia já peregrinaram à Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e em breve a comunidade paroquial irá ao Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, no Jaraguá, e participará da Romaria arquidiocesana ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em 4 de maio.

Todo esse empenho para vivenciar o Ano Jubilar tem dado bons frutos. “Já notamos aqui um expressivo retorno de católicos às celebrações. O número de jovens e crianças na Catequese cresceu significativamente. Esperamos que isso se perpetue e cresça cada vez mais, de forma a continuarmos testemunhando uma igreja que vive a fé com esperança. Que os leigos estejam cada vez mais engajados nas pastorais de nossa comunidade e os jovens animados”, desejou Padre Jorge da Silva.