Na noite da sexta-feira, 1º de novembro, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, foi homenageado pela Prefeitura e pela Câmara Municipal de São Paulo com o Prêmio Cidade de São Paulo, a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão, por ocasião dos seus 75 anos, completados em setembro. O evento, realizado no Theatro Municipal, no centro da capital, também foi alusivo aos 70 anos da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção. Participaram autoridades civis, eclesiásticas e militares, além de inúmeros clérigos, religiosos, representantes de pastorais, movimentos e fiéis de diversas paróquias e comunidades da Arquidiocese.
O Prêmio Cidade de São Paulo é uma honraria concedida pela Prefeitura a pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, como reconhecimento da cidade de São Paulo pelo mérito pessoal, bons serviços prestados à cidade ou serviços dignos de especial destaque, valor desportivo ou cultural.
Já a Medalha Anchieta é uma honraria concedida pelos vereadores de São Paulo a personalidades que se destacaram pelos relevantes serviços prestados ao município, e geralmente é entregue em conjunto com o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo.
RECONHECIMENTO
Ao saudar Dom Odilo, o prefeito Ricardo Nunes ressaltou o relevante papel da Igreja Católica na história e no desenvolvimento da cidade, recordando que a capital paulista foi fundada por missionários e, portanto, tem em sua origem a ação evangelizadora.
“Fico feliz por poder estar aqui como cidadão, como cristão e como prefeito de São Paulo, participando deste momento do aniversário do nosso Arcebispo e da comemoração dos 70 anos da nossa Catedral, que é um marco para a nossa cidade”, afirmou Nunes.
A vereadora Edir Sales, proponente da Medalha Anchieta, lembrou que o Cardeal Scherer “traçou os mesmos passos do Apóstolo do Brasil”, São José de Anchieta, ao anunciar a Palavra de Deus para a cidade: “Dom Odilo iniciou a sua trajetória em nossa cidade em 2002, como Bispo Auxiliar e, rapidamente, destacou-se pelo seu espírito de serviço, liderança e humildade. Seu caminho ministerial desde então foi marcado por passos decisivos e por um trabalho pastoral que alcançou cada esquina da nossa metrópole”.
“A longa vida de Dom Odilo, quase cinco décadas de sacerdócio e mais de duas de bispo, ocupando diferentes funções e morando em diversos locais, é o testemunho de uma vocação abraçada ao serviço da comunidade e da Igreja, um grande exemplo a todos, de modo especial às novas gerações e, também, a nós, políticos”, destacou o secretário municipal Enrico Misasi.
Gilberto Kassab, secretário de governo e relações institucionais do estado de São Paulo, e representante do governador Tarcísio de Freitas no evento, enfatizou que desde a origem da cidade a Igreja se fez presente, ajudando a enfrentar seus inúmeros desafios. “Mais uma vez, Dom Odilo, queremos agradecer à Igreja por tudo que faz para a nossa cidade, e agradecer ao senhor por esses anos à frente da nossa Igreja em São Paulo”, afirmou.
DO SUL PARA A METRÓPOLE
Em seu agradecimento pelas homenagens, Dom Odilo recordou sua trajetória até chegar à capital paulista. “Nasci no Rio Grande do Sul, na região das Reduções Jesuíticas, mas cresci no Paraná e vim para São Paulo já como bispo, com 52 anos, enviado por São João Paulo II no final de 2001. Hoje, sinto-me plenamente paulistano de coração e com muita honra”, manifestou.
“Aprendi a conhecer a dinâmica da metrópole e me inseri nela. Aprendi a admirar a riqueza humana e material desta cidade e, ao mesmo tempo, aprendi a conhecer as suas pobrezas e as suas feridas abertas. Aprendi a conhecer a generosidade e a solidariedade do seu povo, seus grandes desafios sociais e econômicos. Visitando as paróquias e comunidades da Arquidiocese, percorri cada uma e cada canto, cada parte da cidade que faz parte da Arquidiocese de São Paulo”, acrescentou o Arcebispo, afirmando crer firmemente que “o anúncio do Evangelho do Reino de Deus é um bem para todos e faz bem à cidade e à convivência humana”.
CONCERTO
A noite de homenagens foi coroada com um concerto da Orquestra Experimental de Repertório, sob a regência do maestro Wagner Polistchur. A apresentação foi aberta com a execução de uma das principais obras corais de Brahms, a “Canção do Destino”, acompanhada do Coro Lírico Municipal, regido pela maestrina Erika Hindrikson.
Em seguida, foi executada a obra “Pinheiros de Roma”, de Respigui, escrita em 1923, que se divide em quatro partes executadas sem interrupção, sugerindo uma reconstrução de impressões visuais e sonoras de diferentes regiões de Roma, demonstradas na própria partitura. O concerto contou, ainda, com a participação do Maestro Delphim Rezende Porto, Diretor de Música da Catedral da Sé.