O SÃO PAULO apresenta recomendações prévias, instantâneas e posteriores para mitigar as consequências das fortes chuvas
Nas últimas semanas, em diferentes bairros da capital paulista e de cidades da Região Metropolitana de São Paulo, as tempestades têm causado estragos nos espaços públicos e imóveis. Cenas como carros boiando em “avenidas que viram rios”, água invadindo casas, árvores caídas pelas ruas e registros de mortes em razão das chuvas têm se tornado recorrentes devido ao grande volume das precipitações pluviométricas em um curto intervalo de tempo.
O jornal O SÃO PAULO apresenta a seguir uma série de dicas a serem adotadas perante as fortes chuvas. A maior parte dessas informações está disponibilizada pela Defesa Civil do Estado de São Paulo na Plataforma SP Sempre Alerta (https://www.spsemprealerta.sp.gov.br).

ESTEJA ATENTO AOS ALERTAS METEOROLÓGICOS
Por meio do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a Defesa Civil do Estado de São Paulo tem intensificado o envio de alertas meteorológicos aos telefones celulares. Esses alertas são de dois tipos:
Severos: indicam alta possibilidade de risco para fortes chuvas. Nesse caso, um pop-up padrão aparece na tela do celular.
Extremos: tratam de risco iminente de fortes chuvas. Nesse caso, o alerta enviado tem um som diferenciado e há a paralisação das funções do telefone celular até que o usuário confirme que viu o aviso.
Também é possível receber um alerta da Defesa Civil por SMS. Basta enviar uma mensagem para 40199, informando o seu CEP.
SE A CHUVA INTENSA CHEGOU E VOCÊ ESTIVER A PÉ
- Busque abrigo em local coberto;
- Não permaneça em área aberta (praia, piscina, campo de futebol) nem debaixo de árvores;
- Nunca atravesse uma ponte se notar um fluxo de deslizamento se aproximando;
- Não ande em ruas alagadas, pois basta a água estar à altura de 15cm para derrubá-lo;
- Passada a chuva mais intensa, redobre a atenção ao caminhar, pois pode haver árvores e cabos energizados caídos nas vias.


CASO ESTEJA TRAFEGANDO EM UM VEÍCULO
- Ao receber um alerta de fortes chuvas, evite ruas e avenidas que costumeiramente alagam ou aquelas construídas às margens de rios e córregos;
- Estacione seu veículo em um local coberto até a intensidade da chuva diminuir;
- Se tiver de estacionar em local descoberto, evite as vias próximas a rios e córregos, bem como locais próximos a árvores, antenas e postes;
- Se o nível da água ultrapassar a metade das rodas, saia do veículo e busque abrigo, pois basta que ela atinja a altura de 30cm para que o veículo seja arrastado;
- Se tiver de trafegar por uma via alagada, mantenha o carro em baixa velocidade (1ª ou 2ª marcha). Caso ele desligue, não tente ligá-lo. Saia do veículo;
- Se ao tentar sair do carro a pressão da água impedir a abertura da porta, tente fazê-lo pelas janelas. Se elas forem elétricas e não funcionarem, pegue o encosto de cabeça do banco, encaixe suas hastes na fresta entre o vidro e a porta, e force até quebrar o vidro;
- Uma vez que tenha saído do carro no meio em uma enchente, suba no teto do automóvel, pois assim são menores as chances de ser levado pela correnteza. Jamais pule na água.
SE VOCÊ ESTIVER EM CASA
- Ao escutar trovões ou aviso de tempestade, fique longe de janelas, tomadas ou materiais metálicos;
- Procure não utilizar aparelhos conectados à rede elétrica ou telefônica;
- Retire os equipamentos eletrônicos da tomada ou desligue a chave-geral de energia, a fim de evitar que sejam danificados por raios ou por oscilações de energia elétrica;
- Ao sinal de uma inundação, se possível, deixe móveis, eletrodomésticos, produtos de limpeza e alimentos em algum nível elevado, fora do alcance das águas;
- Se perceber rachaduras nas paredes de casa ou trincas no telhado, saia imediatamente, pois pode haver risco de desabamento;
- Caso seja necessário abandonar o imóvel devido às inundações, feche os registros de gás e água, bem como as portas e janelas para evitar a entrada de escombros e de animais peçonhentos;
- Se após a forte chuva perceber que houve destelhamento no imóvel, certifique-se das condições do madeiramento e se não há rachaduras ou trincas no telhado, bem como sobre trincas e estufamentos nas paredes. Esses são sinais que indicam risco de desabamento.


DEPOIS QUE A TEMPESTADE PASSOU COMPLETAMENTE
- Não mexa com cabos de rede elétrica caídos. Podem estar energizados e colocar sua vida em risco. Comunique a Defesa Civil (telefone 199) ou os Bombeiros (193);
- Mobilize os vizinhos para ajudar na limpeza dos imóveis afetados e para desobstruir as ruas e avenidas. Para tal, sempre esteja usando botas e luvas de borracha;
- Desinfete todos os objetos de casa que tiveram contato com a água da inundação;
- Descarte todas as bebidas e alimentos que tiveram contato com tais águas;
- Não use equipamentos elétricos que estejam molhados.
AS ÁGUAS SE FORAM, OS PREJUÍZOS FICARAM. E AGORA?
Se passada a forte chuva você perceber que houve a queima de aparelhos eletrônicos, especialmente após a ocorrência dos picos de energia, siga os seguintes passos:
1- Registre uma queixa na distribuidora de energia. No caso de São Paulo, a Enel, pelo telefone 0800-7272120, site (https://www.enel.com.br) ou em uma de suas lojas;
2 – Em até 15 dias, a distribuidora de energia deverá enviar um funcionário à residência de quem registrou a queixa para verificar o aparelho danificado. No entanto, se a perda foi de alimento (por exemplo, uma geladeira sem funcionar provocou o estrago de uma comida pela falta de refrigeração ideal), esse prazo de verificação é de um dia;
3 – A distribuidora de energia tem até 15 dias para dar uma resposta. Se constatado que o consumidor teve prejuízos com os picos de energia ou falta do fornecimento, ela deverá ressarci-lo;
4 – Se a companhia se recusar a arcar com o prejuízo, o cliente poderá abrir uma reclamação na Agência Nacional de Energia Elétrica – pelo APP Aneel Consumidor ou pelos telefones 167 e 0800- 727-0167 – ou na plataforma https://consumidor.gov.br;
5 – A reclamação contra a distribuidora de energia também pode ser feita no site do Procon-SP (https://www.procon.sp.gov.br);
6 – Se mesmo assim o ressarcimento não for feito pela distribuidora, resta a opção de acionar a Justiça. Caso a prejuízo seja inferior a 20 salários-mínimos, é possível abrir ação no Juizado Especial Cível (https://www.tjsp.jus.br/JuizadosEspeciais).
Acionar a Justiça também o caminho recomendado para quem teve prejuízos em seu carro ou imóvel devido às chuvas. Entretanto, se você tem seguro para estes bens entre em contato primeiro com a seguradora para averiguar a abrangência da cobertura.
Ainda com dúvidas? Acesse o site da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste): https://www.proteste.org.br.
(Com informações do Procon-SP, Proteste, Governo do Estado de São Paulo e Observatório Nacional de Segurança Viária)