O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desta quinta-feira, 30, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.
No Evangelho do dia (Mt 13,47-53), Jesus compara o Reino do céus a uma rede lançada ao mar que apanha peixes de todos os tipos, que são recolhidos pelos pescadores e separados. Os peixes bons são colocados em cestos e “os que não prestam” são jogados fora.
Ao comentar esse trecho, Dom Odilo o comparou à parábola do joio e do trigo. “Na nossa vida, as pessoas más podem mudar de vida e se tornarem pessoas boas. É isso que Deus espera, que quem pratica o mal ao longo da vida se converta. Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva”, afirmou.
VASO NOVO
Na primeira leitura (Jr 18,1-6), o profeta Jeremias traz a imagem do oleiro que, quando o vaso que moldava com o barro se quebrava em suas mãos, ele novamente amassa o barro para fazer um vaso novo, até que fique perfeito. “Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão, casa de Israel”, diz o Senhor, por meio do profeta.
“Nós somos o barro e Deus é o oleiro. Ele nos molda conforme sua graça e sua vontade para sermos, como diz São Paulo, ‘vasos eleitos’. Deus nos ajuda com sua graça e nos dá toda a possibilidade para sermos vasos bonitos e bem feitos. Mas, muitas vezes, somos rebeldes e nos revoltamos contra o oleiro”, destacou o Cardeal Scherer.
DEIXAR-SE MOLDAR
“Temos que estar mais atentos ao divino oleiro, obedecendo a Palavra de Deus, aos mandamentos, observar o que está errado em nós, o que não nos deixa ser aquele vaso que Deus gostaríamos que fôssemos e, portanto, deixar-nos moldar por ele”, continuou o Arcebispo.
Dom Odilo lembrou, ainda, que moldar o bairro é uma arte que, de certa maneira, causa sofrimento ao barro, que é amassado até que tome a forma desejada pelo oleiro. “Assim, Deus permite certos sofrimentos, às vezes, para nos educar na vida, para sermos aqueles vasos bonitos e dignos daquilo que somos chamados a ser”, afirmou, concluindo: “Que sejamos o barro que se deixa moldar pelas mãos do divino oleiro”.