O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desta segunda-feira, 19, na capela de sua residência. A Eucaristia foi transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.
Nesta data, comemoram-se duas memórias litúrgicas: de São Paulo da Cruz e dos mártires canadenses São João de Brébeuf, Santo Isaac Jogues e seus companheiros.
São Paulo da Cruz nasceu em Ovada, na Ligúria, Itália, em 1694. Durante a juventude, ajudava a seu pai no comércio, quando renunciou a tudo e dedicou-se ao serviço dos pobres e dos enfermos, associando a si para o mesmo fim vários colaboradores e, assim, fundou a Congregação da Paixão de Cristo (Passionistas). Ordenado sacerdote, trabalhou cada vez mais intensamente pela salvação das almas, exercendo a atividade apostólica e mortificando-se com duras penitências. Morreu em Roma no dia 18 de outubro de 1775.
Já os mártires recordados neste dia eram oito membros da Companhia de Jesus (seis sacerdotes e dois irmãos coadjutores), que evangelizavam a parte setentrional da América, foram mortos, depois de terríveis tormentos, pelos indígenas hurões e iroqueses. Isaac Jogues foi martirizado no dia 18 de outubro de 1647; e João de Brébeuf no dia 16 de março de 1648.
BENS ETERNOS
Na homilia, Dom Odilo meditou sobre o trecho do Evangelho do dia (Lc 12,13-21), no qual Jesus alerta à multidão para tomar cuidado contra todo tipo de ganância, “porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”.
Em seguida, o Senhor contou a parábola do homem rico que teve uma grande colheita e pensava consigo onde guardá-la e aproveitar a vida. No entanto, Deus lhe diz: “Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?”
“Jesus nos ensina sobre a insensatez de ajuntar tesouros na terra sem pensar nos bens da vida eterna. Infelizmente, a ganância, o apego desmedido aos bens que leva até à prática da injustiça e da desonestidade para acumular mais, sempre foram um problema e uma tentação da humanidade”, destacou o Cardeal.
O Arcebispo explicou, ainda, que os tesouros eternos, ao contrário, são acumulados por meio do reconhecimento de Deus, da obediência aos seus mandamentos, do amor ao próximo, das obras de caridade e de misericórdia. “Quem faz o bem ao próximo terá um tesouro no céu”, completou.
“De que adianta ajuntar grandes tesouros na terra se eles não são colocados ao serviço do bem comum?”, concluiu Dom Odilo.