
Na quinta-feira, 13, completam-se 12 anos da eleição de Francisco como Papa no conclave realizado em março de 2013. A seguir, veja alguns dos pensamentos centrais do Pontífice nos documentos que escreveu:
“Saiamos, saiamos e ofereçamos a vida de Jesus Cristo a todos. (…) Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e suja por ter saído às ruas do que uma Igreja doente por ter se fechado e se agarrado à sua própria segurança. Não quero uma Igreja que esteja preocupada em ser o centro e acabe presa em um emaranhado de obsessões e procedimentos. Se alguma coisa deve nos preocupar e preocupar nossa consciência, é o fato de tantos de nossos irmãos e irmãs viverem sem a força, a luz e o consolo da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de significado e vida.”
Evangelii gaudium, 2013, nº 49

“Em todos os batizados, desde o primeiro até o último, opera a força santificadora do Espírito que impele a evangelizar. (…) Em virtude do Batismo recebido, todo membro do Povo de Deus se tornou discípulo missionário (cf. Mt 28,19). Cada pessoa batizada, qualquer que seja sua função na Igreja e o grau de instrução em sua fé, é um sujeito ativo da evangelização, e seria inadequado pensar em um esquema de evangelização realizado por atores qualificados no qual o resto do povo fiel fosse meramente receptivo às suas ações. A nova evangelização deve implicar um novo protagonismo de cada um dos batizados.”
Evangelii gaudium, 2013, nº 119-120

“Quando falamos de ‘meio ambiente’, também nos referimos a uma relação específica: aquela entre a natureza e a sociedade que a habita. Isso nos impede de considerar a natureza como algo separado de nós ou como uma mera moldura para nossas vidas. (…) Não há duas crises separadas, uma ambiental e outra social, mas uma única e complexa crise socioambiental. As orientações para a solução exigem uma abordagem integral para combater a pobreza, restaurar a dignidade dos excluídos e, ao mesmo tempo, cuidar da natureza.”
Laudato si’, 2015, nº 139

“Falar de uma ‘cultura do encontro’ significa que, como povo, somos apaixonados por querer nos encontrar, buscar pontos de contato, construir pontes, planejar algo que envolva a todos. Isso se tornou uma aspiração e um modo de vida. O sujeito de tal cultura são as pessoas, não um setor da sociedade que pretende manter o resto em paz por meios profissionais e midiáticos. A paz social é trabalhosa, artesanal. Seria mais fácil conter as liberdades e as diferenças com um pouco de astúcia e desenvoltura. Mas essa paz seria superficial e frágil, e não o fruto de uma cultura de encontro que a sustente.”
Fratelli tutti, 2020, nº 2016-217

“É somente a partir do coração que nossas comunidades serão capazes de unir as diferentes inteligências e vontades e pacificá-las para que o Espírito possa nos guiar como uma rede de irmãos, porque a pacificação também é uma tarefa do coração. O Coração de Cristo é êxtase, é saída, é dom, é encontro. Nele nos tornamos capazes de nos relacionar de maneira saudável e feliz e de construir o Reino de amor e justiça neste mundo. Nosso coração unido ao de Cristo é capaz desse milagre social. Levar o coração a sério tem consequências sociais.”
Dilexit nos, 2024, nº 28-29