A vida humana deve ser sempre preservada e tutelada

A defesa da vida, da paz e do meio ambiente foram três pontos centrais no discurso anual do Papa Francisco aos embaixadores credenciados junto à Santa Sé, na segunda-feira, 8. O Pontífice insistiu que o caminho da paz exige o respeito por toda a vida humana, a começar pela do nascituro, no ventre da mãe, e nem os próprios corpos das mulheres podem se tornar objetos de mercado. Sobre a guerra, destacou que suas vítimas não são “efeitos colaterais”, mas pessoas com nome e sobrenome.

Papa Francisco interage com um dos bebês batizados por ele na Capela Sistina, por ocasião da Festa do Batismo do Senhor, no domingo, 7
Vatican Media

A defesa da paz, do meio ambiente e da vida foram três pontos centrais no discurso anual do Papa Francisco aos embaixadores credenciados junto à Santa Sé, realizado em audiência na segunda-feira, 8. Todos os anos o Pontífice apresenta uma análise, à luz da doutrina social da Igreja, dos principais problemas globais.

O Papa insistiu que, em um momento em que as guerras se multiplicam no mundo, é preciso promover e buscar a paz. “As vítimas civis não são danos colaterais. São homens e mulheres com nome e sobrenome, que perdem a vida”, declarou. “São crianças que ficam órfãs e privadas do futuro; são pessoas que sofrem a fome, a sede e o frio, e que ficam mutiladas por causa do poder dos explosivos modernos.” É preciso olhar para a guerra por aquilo que ela é, disse, “nada mais do que uma tragédia inútil”.

Ele também reiterou sua preocupação com os crescentes desastres causados por crises ambientais e insistiu que a atual mudança climática tem causas humanas e precisa ser controlada. “O cuidado da criação e a paz são as temáticas mais urgentes e estão relacionadas”, disse.

DEFESA DA VIDA

O valor de toda vida humana foi mencionado em seu discurso à comunidade internacional. O Papa Francisco declarou que nem os nascituros – bebês ainda não nascidos – no ventre das mães, nem os próprios corpos das mulheres podem se tornar objetos de mercado. “Considero deplorável a prática da chamada maternidade por substituição [também conhecida como ‘barriga de aluguel’], que lesiona gravemente a dignidade da mulher e do filho”, comentou.

Ele disse que essa prática é uma exploração da necessidade material da mulher e completou dizendo que “uma criança é sempre um dom, nunca um objeto de contrato”. Francisco pediu à comunidade internacional que essa prática seja abolida em nível universal. “Em todo momento de sua existência, a vida humana deve ser preservada e tutelada”, constatou o Papa. A paz, a vida, o diálogo e o multilateralismo são os caminhos a serem percorridos, disse ele.

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