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Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati: santos e modelos para os jovens de hoje

Fotos: Vatican Media

Dois rapazes que “viveram o amor por Jesus Cristo, sobretudo na Eucaristia, mas também nos pobres, nos irmãos e irmãs”, conforme as palavras do Papa Leão XIV, agora são considerados santos para toda a Igreja. Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati foram canonizados no domingo, 7, em cerimônia que reuniu cerca de 80 mil pessoas na Praça São Pedro, no Vaticano, e apresentados ao mundo como modelos para a juventude atual. 

São Carlo Acutis é o adolescente de 15 anos que ficou famoso em todo o mundo principalmente por ser um santo dos nossos tempos, cuja imagem, de tênis e calça jeans, viralizou na internet e cuja história de catequese, fé pessoal e habilidades tecnológicas se tornou modelo de vida cristã para os dias de hoje. Morto por uma grave leucemia, em 2006, ele teve dois milagres reconhecidos pela Igreja, sendo o primeiro deles no Brasil. Tornou-se o primeiro santo da geração millenial, nascida no fim do século XX. 

Já São Pier Giorgio Frassati foi um jovem italiano que viveu no início do século XX, morto aos 24 anos de poliomielite. Era conhecido por sua ação social, presença política e atenção especial aos pobres, sem deixar de lado a fé expressa por meio da oração e de diferentes devoções. 

PREENCHER A VIDA 

Ambos, disse o Papa Leão XIV, ensinam os jovens de hoje a não assistir aos eventos da vida de forma passiva: é preciso preenchê-la de significado, de propósitos bons, orientados pela amizade com Cristo. 

“Caríssimos, os Santos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis são um convite destinado a todos nós, sobretudo aos jovens, a não esvaziar a vida, mas orientá-la em direção ao alto, a fazer dela uma obra-prima”, exortou o Santo Padre. 

Leão XIV afirmou que esses dois jovens “nos encorajam com suas palavras” e citou: “‘Não eu, mas Deus’, dizia Carlo, e Pier Giorgio: ‘Se você tiver Deus como centro de toda ação, então chegarás até o fim.’” Trata-se de uma fórmula “simples, mas vencedora, da sua santidade”. Trata-se de “saborear a vida em profundidade e ir ao encontro do Senhor na festa do céu”, disse o Papa, na homilia. 

SANTOS DA ‘PORTA AO LADO’ 

Na passagem do Evangelho segundo São Lucas (14,27-33), lida durante a celebração, Jesus nos faz um convite para “ir até o fim” na adesão ao seu projeto. “Ele nos chama, isto é, a nos jogarmos sem hesitação na aventura que Ele nos propõe, com inteligência e a força que vêm do seu Espírito, e que podemos acolher na medida em que nos esvaziamos de nós mesmos, das coisas e das ideias a que somos apegados, para nos colocarmos em escuta da sua Palavra.” 

Tantos jovens de hoje são tentados a viver apegados a bens e relações efêmeras, mas Carlo e Pier Giorgio são exemplos de que é possível integrar a fé à vida moderna. Carlo Acutis, em particular, cresceu “integrando naturalmente, nos seus dias de criança e de adolescente, a oração, o esporte, o estudo, a caridade”. 

Ambos cultivaram “o amor por Deus e pelos irmãos por meios simples, acessíveis a todos: a Santa Missa cotidiana, a oração, especialmente a adoração eucarística”, confessavam-se com frequência, tinham grande devoção a Nossa Senhora e “praticavam generosamente a caridade”, resumiu o Pontífice. 

“Pier Giorgio chamava a caridade de ‘fundamento da nossa religião’ e, como Carlo, a exercitava sobretudo por meio de pequenos gestos concretos, muitas vezes escondidos, vivendo aquilo que o Papa Francisco chamou de ‘santidade da porta ao lado’”, afirmou Leão XIV. 

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