Dia Mundial da Paz 2025: promover mudanças no ano dedicado à esperança

Vatican Media

Com o início do Jubileu da Esperan­ça na noite de Natal, em 24 de dezembro, a Igreja deve abraçar uma mensagem de paz e de esperança. Assim propõe o Papa Francisco na mensagem para o Dia Mundial da Paz, 1° de janeiro.

“Na aurora deste novo ano que nos é dado pelo nosso Pai celeste, um tempo jubilar dedicado à esperança, dirijo os meus mais sinceros votos de paz a cada mulher e a cada homem, especialmente àqueles que se sentem prostrados pela sua condição existencial, condenados pe­los seus próprios erros, esmagados pelo julgamento dos outros e que já não veem qualquer perspectiva para a sua própria vida. A todos vós, esperança e paz, porque este é um Ano de Graça, que vem do Co­ração do Redentor!”, exorta o Pontífice.

Ele afirma que, também hoje, o Jubi­leu é uma oportunidade para “procurar a justiça libertadora de Deus em toda a terra”, pois “Deus nunca deixa de escu­tar”. O Papa diz ser preciso denunciar as “estruturas de pecado”, conceito desen­volvido por São João Paulo II. Alguns males da sociedade estão “enraizados e contam com uma cumplicidade genera­lizada” – prossegue Francisco – e não são apenas frutos das escolhas individuais.

MUDANÇAS ESSENCIAIS

O Bispo de Roma também defende um perdão generalizado da dívida dos países pobres com os países ricos.

“A dívida ecológica e a dívida externa são dois lados da mesma moeda, des­ta lógica de exploração que culmina na crise da dívida”, comenta o Papa. “Ins­pirando-me neste ano jubilar, convido a comunidade internacional para que atue no sentido de perdoar a dívida externa, reconhecendo a existência de uma dí­vida ecológica entre o Norte e o Sul do mundo. É um apelo à solidariedade, mas sobretudo à justiça”.

Três apelos são centrais na mensagem do Papa. O primeiro é o perdão, ou ao menos a redução da dívida internacional. O segundo, um “compromisso de pro­mover o respeito pela dignidade da vida humana, desde a concepção até a morte natural”; e o terceiro, uma atenção espe­cial aos jovens, para que encontrem con­dições melhores para sobreviver e crescer.

A eliminação da fome, as atividades educativas nos países pobres e o de­senvolvimento sustentável devem ser prioridade dos governos, em detrimen­to dos gastos com armas e guerras, diz Francisco.

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