Uma nova maneira de entender a economia de acordo com o espírito de São Francisco de Assis e da encíclica Laudato si’. Criar um movimento de jovens economistas para traduzir na vida cotidiana a encíclica Fratelli tutti. Estes são os objetivos de “Economia de Francisco”, o encontro com os jovens economistas desejado pelo Santo Padre, que acontecerá nesta semana, entre os dias 19 e 21.
No centro deste evento internacional, estarão temas cruciais, como trabalho, finanças, educação, inteligência artificial. Devido à emergência sanitária causada pela COVID-19, o encontro será realizado on-line ao vivo e em streaming. Foi confirmada a participação “virtual” do Papa Francisco.
Entre os palestrantes em diálogo com esta comunidade especial estão Muhammad Yunus, economista e Prêmio Nobel da Paz 2006, Vabdana Shiva, membro do Fórum Internacional sobre Globalização, e Stefano Zamagni, presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais.
O próximo encontro, que será presencial, acontecerá no final de 2021 em Assis, onde São Francisco se despojou de toda a mundanização e escolheu Deus como a estrela polar de sua existência.
Dar uma alma à economia de amanhã
Jovens, economistas, empresários e ativistas de todo o mundo são convidados a refletir juntos para assinar um pacto intergeracional que visa mudar a economia atual e dar uma alma à economia do amanhã, para que esta seja mais justa, inclusiva e sustentável.
Como o Papa Francisco tem repetidamente destacado, “tudo está intimamente ligado e a proteção ambiental não pode ser separada da justiça aos pobres, da solução dos problemas estruturais da economia mundial”. Portanto, é necessário corrigir modelos de crescimento que não respeitem o homem, o meio ambiente, a dignidade da pessoa.
Na carta dirigida aos jovens economistas, empresários e empresárias de todo o mundo por ocasião da “Economia de Francisco”, o Pontífice indica o caminho do modelo econômico a ser construído, o de “uma economia diferente, que faça as pessoas viverem e não mate, inclua e não exclua, humanize e não desumanize, cuide da criação e não a deprede”. Um novo modelo econômico, portanto, “fruto de uma cultura de comunhão, baseada na fraternidade e na equidade”. São em particular os jovens, artesãos do futuro, os chamados a tecer a economia de Francisco.
A resposta dos jovens ao apelo do Papa
A secretaria do evento recebeu mais de 3 mil inscrições de jovens de 120 países dos cinco continentes. Ligados à economia, gestão, filosofia, sociologia, teologia, proteção ambiental, recursos naturais, consumo responsável e estilos de vida, produção, inovação, trabalho, finanças, investimento para o desenvolvimento, pobreza, igualdade e dignidade humana, educação e novas gerações, inteligência artificial, novas tecnologias.
Fonte: Vatican News