Elenco da série ‘The Chosen’ apresenta novas temporadas no Vaticano

Comovidos por terem acabado de gravar cenas da crucificação de Cristo na cidade de Matera, na Itália, atores do elenco da série “The Chosen” e seu criador e diretor, Dallas Jenkins, participaram de uma coletiva de imprensa e uma exibição de episódio inédito da série na segunda-feira, 23, no Vaticano.

Estiveram presentes, além de Jenkins, o ator Jonathan Roumie, que representa Jesus; Elizabeth Tabish, que faz Maria Madalena; George Xanthis, o apóstolo João; e Vanessa Benavente, atriz que representa Maria, Mãe de Jesus.
Embora a Santa Sé não tenha envolvimento algum direto na produção, cujos produtores e elenco são cristãos de diferentes tradições, as portas foram abertas para que pudessem apresentar na Itália a quarta e a quinta temporadas da série, além de dois filmes.

Vatican Media

Um encontro do elenco com o Papa Leão XIV está previsto para a audiência geral de quarta-feira, 25.
Perguntado pelo O SÃO PAULO sobre como descreve essa calorosa recepção no Vaticano, algo bastante incomum para produções cinematográficas com temas bíblicos, Dalas Jenkins respondeu: “Talvez outras produções sobre a vida de Jesus falharam na representação de cenas do Evangelho. E muitas vezes não parecem tão reais.” The Chosen é muito realista e, por isso, toca tanto pessoas que creem como as que não creem em Deus, avaliou o diretor.

“Nossa singularidade é a fidelidade ao Evangelho e a humanidade dos personagens”, resumiu. “Sobre a personagem de ‘Mãe Maria’, por exemplo, ao nos focalizarmos sobre sua humanidade – como seria para uma adolescente receber a mensagem de um anjo de que seria Mãe de Jesus –, superamos possíveis impasses que foram criados pelos homens muito depois da escritura dos textos do Evangelho”, acrescentou, referindo-se à forma como diferentes tradições cristãs interpretam a divindade da Mãe de Cristo.


A atriz que representa Maria, Vanessa Benavente, em continuidade à resposta, disse que “a relação entre uma mãe e um filho é algo universal”, e que, embora seja difícil para nós, hoje, compreender “a dimensão divina” de cada personagem, o aspecto materno de Maria gera imensa empatia no público. “Minha diretriz era pensar: como posso preencher a personagem de Maria com pensamentos, sentimentos?” Jenkins completou: “Não podemos compreender completamente a divindade, mas podemos entender sua humanidade. Isso faz a história ainda mais bonita.”

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