Francisco: ‘Não nos esqueçamos dos pobres’

Vatican Media

Durante a missa do VIII Dia Mun­dial dos Pobres, na Basílica de São Pe­dro, no domingo, 17, o Papa Francisco conclamou a Igreja, os governos e a so­ciedade global para a luta contra a po­breza, uma ação que exige compaixão ativa, compromisso concreto e uma fé que transforme vidas.

O Pontífice começou a homilia des­tacando a angústia do mundo atual, marcado por guerras, fome, desigualda­des e exclusão social. Segundo ele, as di­ficuldades amplificadas pelos meios de comunicação geram um sentimento de impotência e alimentam uma cultura de resignação. Para Francisco, este cenário não deve ser motivo de desânimo, mas um convite à esperança. “Mesmo na pre­cariedade e na dor, Deus se faz próximo para nos salvar”, afirmou.

O Santo Padre criticou atitudes de indiferença em relação à pobreza, sim­bolizadas por gestos cotidianos, como desviar o olhar diante dos necessitados. Ele desafiou os fiéis a adotarem uma “mística de olhos abertos”, que reco­nhece o sofrimento humano e atua com compaixão e solidariedade. Para Fran­cisco, a caridade verdadeira não se limi­ta a esmolas, mas inclui proximidade, atenção e transformação social.

O Bispo de Roma sublinhou que a esperança cristã é uma força ativa que precisa ser concretizada em gestos de justiça, partilha e compromisso. Ele exortou todos a contribuírem, mes­mo que com pequenas ações diárias, para a construção de um mundo mais justo. “Nosso pouco pode ser como as primeiras folhas da figueira, sinal de que o verão está próximo”, disse, em uma metáfora sobre a transformação global.

Por fim, o Papa pediu a líderes mun­diais e à comunidade internacional que priorizem ações para combater a pobre­za e a desigualdade. “Por favor, não nos esqueçamos dos pobres”, concluiu, refor­çando a centralidade da dignidade hu­mana em qualquer projeto de progresso.

Após a missa, Francisco participou do habitual almoço, este ano com a pre­sença de 1,3 mil pessoas em situação de pobreza, na Sala Paulo VI.

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