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Igreja vive ‘nova época missionária’ em que é preciso acolher mais do que partir, diz Leão XIV

Jaime C. Patias

Durante o Jubileu do Mundo Missionário e dos Migrantes, no domingo, 5, o Papa Leão XIV fez um forte discurso sobre a vocação da Igreja de levar “alegria e consolação” a todos os povos, em especial a quem vive “uma história difícil e ferida”. 

Na homilia da missa na Praça São Pedro, ele afirmou que a Igreja vive hoje” uma nova era missionária” em que, mais do que sair para outros mundos, explorar novos territórios geográficos, é preciso ficar onde se está e acolher bem aqueles que chegam, “porque a pobreza, o sofrimento e o desejo de uma esperança maior vêm ao nosso encontro.” 

“Não se trata tanto de ‘partir’, mas sim de ‘ficar’ para anunciar Cristo por meio do acolhimento, da compaixão e da solidariedade: ficar sem nos refugiarmos no conforto do nosso individualismo; ficar para olhar nos olhos daqueles que chegam de terras distantes e martirizadas; ficar para lhes abrir os braços e o coração, para os acolher como irmãos e ser para eles uma presença de consolação e de esperança.” 

Em suas palavras, “o Espírito nos envia para continuar a obra de Cristo nas periferias do mundo, às vezes marcadas pela guerra, pela injustiça e pelo sofrimento”. Aos migrantes de hoje, que muitas vezes passam por situações de grande provação, o Papa afirmou claramente: “Sejam sempre bem-vindos! Os mares e os desertos que vocês atravessaram, nas Escrituras, são ‘lugares de salvação’, onde Deus se fez presente para salvar o seu povo.” 

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