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Leão XIV: ‘Fazemos nossa a dor e a esperança das vítimas das guerras’

“Contemplando os mistérios de Cristo junto com a Virgem Maria, fazemos nossa a dor e a esperança das crianças, das mães, dos pais, dos idosos vítimas das guerras”, disse o Papa em seus apelos dominicais.

Vatican Media

O Papa renovou aos fiéis presentes na Praça São Pedro neste domingo, 26, o pedido para que continuem rezando o Terço pela paz.

“Continua incessante a nossa oração pela paz, particularmente através da recitação comunitária do Santo Rosário. Contemplando os mistérios de Cristo junto com a Virgem Maria, fazemos nossa a dor e a esperança das crianças, das mães, dos pais, dos idosos vítimas das guerras… E dessa intercessão do coração nascem tantos gestos de caridade evangélica, de proximidade concreta, de solidariedade… A todos aqueles que, todos os dias, com confiante perseverança, levam adiante esse compromisso, repito: ‘Bem-aventurados os pacificadores’!”

A oração pelo México

Reprodução Vatican News

A oração de Leão XIV foi também às vítimas das enchentes no leste do México, a quem manifestou sua “proximidade afetuosa”: “Rezo pelas famílias e por todos aqueles que sofrem por causa desta calamidade, e confio ao Senhor, por intercessão da Virgem Santa, as almas dos falecidos”.

Chuvas torrenciais castigaram o México na semana passada e deixaram pelo menos 130 mortos e dezenas de desaparecidos, após uma depressão tropical causar deslizamentos de terra e inundações em partes da costa do Golfo e de estados centrais.

As chuvas também destruíram infraestruturas, incluindo pontes, e deixaram ruas tomadas pela lama. As autoridades mobilizaram milhares de agentes para evacuar pessoas, remover destroços e garantir a segurança nas áreas mais afetadas.

“Não seremos salvos ostentanto méritos, mas pedindo perdão pelos pecados”

Antes de oração Angelus, Leão XVI comentou o Evangelho do 30º Domingo do Tempo Comum (cf. Lc 18, 9-14), que apresenta dois personagens que rezam no Templo, um fariseu e um publicano.

O primeiro ostenta uma longa lista de méritos. As boas obras que realiza são muitas e, por isso, considera-se melhor do que os outros, a quem julga com desdém. A sua atitude é claramente presunçosa: observa rigorosamente a Lei, mas é pobre em amor e misericórdia.

O publicano também reza, mas de forma diferente. Há muito nele a ser perdoado, pois é um cobrador de impostos ao serviço do Império Romano. No entanto, no final da parábola, Jesus diz que, entre os dois, é ele quem volta para casa “justificado”, ou seja, perdoado e renovado pelo encontro com Deus. 

Não tenhamos medo de reconhecer nossos erros!

Vatican Media

O Papa Leão explicou que isso acontece, em primeiro lugar, porque o publicano tem a coragem e a humildade de se apresentar diante de Deus não obstante os olhares severos e os julgamentos mordazes. Coloca-se diante do Senhor, pronunciando poucas palavras: “Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”

“Assim, Jesus transmite-nos uma mensagem poderosa: não é ostentando os nossos méritos que nos salvamos, nem escondendo os nossos erros, mas apresentando-nos tal como somos, honestamente, diante de Deus, de nós mesmos e dos outros, pedindo perdão e confiando na graça do Senhor.”

A exortação do Pontífice é para que façamos o mesmo: “Não tenhamos medo de reconhecer os nossos erros, de os expor, assumindo a responsabilidade por eles e confiando-os à misericórdia de Deus. Deste modo, poderá crescer, em nós e à nossa volta, o seu Reino, que não pertence aos soberbos, mas aos humildes. (…) Peçamos a Maria, modelo de santidade, que nos ajude a crescer nessas virtudes”.

Fonte: Vatican News

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