Logo do Jornal O São Paulo Logo do Jornal O São Paulo

Padre Romanelli: o Papa reza pela paz em Gaza

O pároco da Sagrada Família fala sobre a proximidade expressa por Leão XIV à comunidade cristã da Faixa de Gaza. Em uma mensagem em vídeo, o religioso reitera a necessidade do fim da guerra para uma população exausta

“O Papa Leão enviou-me uma mensagem na qual nos assegura suas orações pela paz. Ele nos diz que suas orações nos acompanham e enviou sua bênção a todos”: escreve nas redes sociais o padre Gabriel Romanelli, pároco da Sagrada Família em Gaza, ressaltando que o Santo Padre entrou novamente em contato com a paróquia para expressar sua proximidade e obter notícias.

Além disso, em uma mensagem em vídeo, o sacerdote lembra que “infelizmente, já se passaram dois anos desde o início desta guerra, que causou tantas vítimas e cujo desfecho ainda ninguém sabe como será”. Enquanto continuam no Egito as negociações entre Israel e o Hamas para a libertação dos reféns, o pároco pede apoio com orações, estendidas também às congregações religiosas femininas, como as irmãs do Rosário de Jerusalém, “que, infelizmente, encerraram temporariamente a sua missão alguns meses após o início da guerra, a sua escola foi bombardeada e elas se refugiaram aqui na paróquia”, e as missionárias da Caridade de Madre Teresa “que estão celebrando o aniversário da sua fundação”.

O milagre da paz

Além do dia 11 de outubro, data para a qual o Santo Padre e o Patriarca Latino de Jerusalém pediram oração e penitência, também na manhã desta terça-feira, na paróquia da Sagrada Família, realizou-se a adoração do Santíssimo Sacramento, durante a qual o padre Romanelli e os fiéis presentes pediram “a Jesus e à Virgem o milagre da paz – acrescenta o pároco – porque ainda há bombardeios, um pouco menos em algumas zonas, mas o número de mortos todos os dias é bastante elevado. As notícias divulgadas parecem dar a sensação de que a guerra acabou, mas não é assim, infelizmente não é nada disso. Ainda há bombardeios, ainda há mortos, há destruição”. Segundo o padre, entre domingo e segunda-feira houve mais de 120 vítimas, “além dos numerosos feridos que ainda se encontram sob os escombros. As pessoas estão ansiosas e não é de se admirar. Afinal, estamos todos exaustos, nós também”.

Refletir sobre o sentido da guerra

O padre Romanelli assegura que as atividades na paróquia continuam com certa intensidade e que, durante os encontros, procura-se abordar vários temas da vida cotidiana, como, por exemplo, “a importância da justiça, da paz, da reconciliação, da sacralidade da vida, da presença cristã, do testemunho cristão, em particular do testemunho cristão na Terra Santa. Mas também o fim da guerra, o risco de uma continuação do conflito e as consequências negativas que o confronto causou, alimentando sentimentos sobre os quais é necessário trabalhar”.

Reconciliação, justiça e paz

O sacerdote disse estar convencido de que é necessário “como sociedade, ajudar todos a encontrar reconciliação, justiça e paz”, sem esconder o temor de que “o período pós-guerra será muito difícil. Mas, assim como Deus protege a todos em tempo de guerra, Ele também o fará após a guerra. Continuemos, portanto, a rezar pela paz, para que o Senhor, em Sua bondade, nos conceda aquilo de que tão desesperadamente precisamos”.

Fonte: Vatican News

Deixe um comentário