Papa Francisco: ser pastor ‘é toda uma vida’ e não apenas um trabalho

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Se o Bom Pastor “dá a própria vida pelas ovelhas” (Jo 10,11-18), é importante compreender que ser pastor não é só “ter uma ocupa­ção”, um trabalho, mas é “conhe­cer” o seu rebanho e viver “toda uma vida” de amor e serviço. As­sim disse o Papa Francisco no cha­mado Domingo do Bom Pastor, 21, o quarto do Tempo Pascal.

Neste dia, a liturgia da Igreja está toda voltada para a funda­mentação do sacerdócio na pessoa e na vida de Cristo, mas também orienta a ação e liderança cristã. Na ocasião, também se celebrou o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.

“Jesus não é só um pastor eficiente, que partilha a vida do rebanho. Jesus é o Bom Pastor, que sacrificou a sua vida por nós e, ressuscitado, nos deu o seu Espírito”, declarou o Pontífice. O pastor não é apenas o líder de uma organização, mas é aque­le que “pensa em cada um” dos membros como “no amor de sua vida”.

O AMOR DO PASTOR

Além disso, o Papa convida a fazer uma reflexão pessoal sobre a figura do Bom Pastor: “Pensemos nisto: eu sou importante para Cris­to, Ele pensa em mim, sou insubs­tituível, valho o preço infinito da sua vida. E isso não é uma maneira de dizer: Ele deu verdadeiramente a sua vida por mim, morreu e res­suscitou por mim. Por quê? Por­que me ama e encontra em mim uma beleza que muitas vezes não consigo ver.”

Na vida espiritual, é preciso deixar-se acolher nos braços do Bom Pastor, acrescentou. “Sei en­contrar um momento de oração, de adoração, de louvor, para estar na presença de Cristo e deixar que Ele me acaricie?”, questionou. “Ir­mão, irmã, o Bom Pastor nos diz que se você fizer isso, redescobrirá o segredo da vida: se lembrará que Ele deu a Sua vida por ti, por mim, por todos nós. E que todos somos importantes para Ele, todos e cada um de nós.”

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PALAVRA AOS SEMINARISTAS

Em um encontro com seminaris­tas espanhois no sábado, 20, véspera do Domingo do Bom Pastor, o Papa Francisco lhes disse que são “chama­dos pelo Senhor” e devem se preparar para ser “pastores conforme o coração de Cristo”. Nesse sentido, ele chamou a atenção para quatro dimensões da vida de um seminarista: a espiritual, os estudos, a vida comunitária e a ati­vidade apostólica.

“Essa integração é necessária, diria que é urgente, para se tornar sacerdotes completos e responder à vocação recebi­da, no total dom de si a Deus e aos ir­mãos, especialmente àqueles que sofrem mais”, declarou Francisco, que convidou os seminaristas a viver com “as mãos abertas e um grande sorriso” para trans­mitir a “alegria do Evangelho”.

No mesmo dia, a Diocese de Roma, da qual o Papa é bispo, realizou a orde­nação de 11 sacerdotes na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A cerimônia foi presidida pelo Cardeal Angelo De Dona­tis, que está deixando o cargo de Vigário da Diocese, após sete anos de serviço. Em abril, o Cardeal foi nomeado como Penitenciário Maior, ou seja, o responsável pela Penitenciaria Apostóli­ca, órgão da Santa Sé considerado o seu “supremo tribunal”, mas hoje responsá­vel principalmente por questões de in­dulgências e de foro interno – casos de consciência, absoluções, dispensas, san­ções etc. A Diocese de Roma aguarda a nomeação de um novo Vigário, isto é, do bispo que coordena a missão em nome do Santo Padre.

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