Leão XIV, ao final da audiência geral, expressa o tormento causado no coração da Igreja pelos clamores do povo da Ucrânia e do Oriente Médio. Ele alerta contra armas científicas que levariam a atrocidades piores do que as do passado e apela aos responsáveis “em nome do direito internacional”. “A guerra é sempre uma derrota”, afirma, citando o Papa Francisco. E, lembrando Pio XII, afirma: “Nada se perde com a paz, tudo se perde com a guerra”.

“Queridos irmãos e irmãs! O coração da Igreja está dilacerado pelos gritos que se elevam dos lugares de guerra, especialmente da Ucrânia, do Irã, de Israel e de Gaza. Não devemos nos acostumar com a guerra!”
Estas foram as palavras pronunciadas pelo Papa Leão XIV no final da Audiência Geral, desta quarta-feira, 18, realizada na Praça São Pedro.
Em seu apelo, o Pontífice disse ainda que “devemos rejeitar como tentação o fascínio das armas poderosas e sofisticadas”.
“Na realidade, como a guerra atual utiliza armas científicas de todos os tipos, sua atrocidade ameaça levar os combatentes a uma barbárie muito maior do que a de tempos passados.”
“Por isso, em nome da dignidade humana e do direito internacional”, disse ainda Leão XIV, “repito aos responsáveis o que o Papa Francisco costumava dizer”:
“A guerra é sempre uma derrota!’ E com Pio XII: ‘Nada se perde com a paz. Tudo pode ser perdido com a guerra”.
Em sua saudação em italiano, o Papa recordou a Solenidade de Corpus Christi celebrada na quinta-feira, 19 de junho.
“Que a festa de Corpus Christi, que celebraremos amanhã, nos ofereça a oportunidade de aprofundar nossa fé e nosso amor pela Eucaristia.”
Na saudação em língua portuguesa, o Papa convidou a ter “cuidado para não esquecer o nosso papel na economia da salvação. Deus, com a sua graça, é o grande protagonista, mas o Senhor conta com a nossa ativa colaboração para nos curar de todas as enfermidades físicas ou espirituais”.
Fonte: Vatican News