Quando Jesus se apresenta como “pão vivo descido do céu”, conforme o relato do Evangelho segundo São João (6,51), Ele nos ensina a acolher a Eucaristia com “maravilha e gratidão”, declarou o Papa Francisco durante a oração do Angelus, no domingo, 18.
“Perante a multidão, o Filho de Deus identifica-se com o alimento mais comum e cotidiano, o pão: ‘Eu sou o pão’. Entre os ouvintes, alguns começam a discutir: como pode Jesus nos dar de comer a sua própria carne? Também nós hoje fazemos esta pergunta”, comentou.
A “maravilha” ou “admiração” que essa cena desperta não é inesperada: Cristo surpreende. Ao apresentar-se desse modo, entretanto, manifesta-se profundamente. “A carne e o sangue, pelo contrário, são a humanidade do Salvador, a sua própria vida oferecida como alimento para a nossa”, disse o Papa.
O reconhecimento da presença real de Cristo na Eucaristia desperta o sentimento de gratidão. “Ele se faz pão para nós. ‘Quem comer a minha carne permanece em Mim e Eu nele’. O Cristo, verdadeiro homem, sabe bem que é preciso comer para viver. Mas sabe, também, que isso não é suficiente. Depois de ter multiplicado o pão terreno, prepara um dom ainda maior: Ele mesmo se torna verdadeira comida e verdadeira bebida. Obrigado, Senhor Jesus! Com o coração, podemos dizer: obrigado, obrigado”, acrescentou.
Da Eucaristia deve nascer a “fome e sede de salvação”, não só para si mesmo, mas também para os outros. “O pão vivo e verdadeiro não é, portanto, algo mágico, não. Não é algo que, de repente, resolve todos os problemas, mas é o próprio Corpo de Cristo que dá esperança aos pobres e vence a arrogância daqueles que se empanturram em detrimento deles”, disse o Sucessor de Pedro.
“A Eucaristia é necessária para todos”, insistiu o Pontífice. “Este alimento é mais do que necessário para nós, porque sacia a fome de esperança, a fome de verdade, a fome de salvação que todos nós sentimos não no estômago, mas no coração.”