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Papa reza pela paz e pelos que sofrem devido a guerras e violências

Que a Virgem Maria, Mãe da Misericórdia, “nos ajude a acolher no nosso coração a vontade de Deus, que é sempre a vontade de amor e salvação, para sermos todos os dias construtores da paz”. Este foi o pedido do Papa Leão XIV à Virgem Santa no Angelus do domingo, 13, em Castel Gandolfo, nos Castelos Romanos, onde o Pontífice vive nestes dias um período de repouso.

Fotos: Vatican Media

A oração mariana foi conduzida por Leão XIV na Praça da Liberdade diante do Palácio Apostólico da pequena cidade do Lácio, onde se encontra a residência de verão do Papa. Em uma praça lotada de fiéis e peregrinos, o Santo Padre manifestou sua alegria por encontrar-se ali nestes dias e agradeceu a calorosa acolhida.

Na alocução que precedeu o Angelus, o Santo Padre destacou que o Evangelho do dia se inicia com uma lindíssima pergunta feita por Jesus: “Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?” (cf. Lc 10, 25). Estas palavras, disse o Papa, exprimem um desejo constante na nossa vida: o desejo de salvação, ou seja, de uma existência livre do fracasso, do mal e da morte.

O que o coração do homem espera é descrito como um bem “herdado”: nem se conquista através da força, nem se implora como se fôssemos servos, nem se obtém por contrato. “A vida eterna, que só Deus pode dar – observou – é transmitida ao homem como herança, de pai para filho”.

Eis por que, à nossa pergunta, Jesus responde que, para receber o dom de Deus, é preciso acolher a sua vontade. Está escrito na Lei: “Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração” e “o teu próximo como a ti mesmo”. Fazendo assim, correspondemos ao amor do Pai: a vontade de Deus é, na verdade, aquela lei de vida que Deus, em primeiro lugar, pratica a nosso respeito, amando-nos por inteiro no seu Filho Jesus.

“Irmãos e irmãs, olhemos para Ele! Jesus é a revelação do verdadeiro amor para com Deus e para com o homem: amor que se dá e não possui, amor que perdoa e não demanda, amor que socorre e nunca abandona”.

CONSOLAÇÃO E ESPERANÇA AOS DESANIMADOS

Em Cristo, Deus fez-se próximo de todos os homens e mulheres; por isso, cada um de nós pode e deve tornar-se próximo daqueles que encontra pelo caminho. Seguindo o exemplo de Jesus, Salvador do mundo, também nós somos chamados a levar consolação e esperança, especialmente àqueles que estão desanimados e desiludidos.

“Para viver eternamente, portanto, não há que enganar a morte, mas servir a vida, ou seja, cuidar da existência dos outros no tempo que aqui partilharmos. Esta é a lei suprema, que não só está antes de qualquer regra social como lhe dá sentido”.

PELOS QUE SOFREM COM AS GUERRAS

“Irmãos e irmãs, não nos esqueçamos de rezar pela paz e por todos aqueles que, devido à violência e à guerra, se encontram em situação de sofrimento e necessidade”, disse o Papa Leão XIV, após a alocução que precedeu o Angelus.

Aqueles que, na precedente Santa Missa, na Paróquia Pontifícia de Santo Tomás de Vilanova, ele comparou ao homem moribundo e ferido da parábola do bom samaritano, despojado, roubado e saqueado, vítimas de sistemas políticos opressores, de uma economia que os empurra para a pobreza, de uma guerra que mata seus sonhos e suas vidas.

Ao concluir o Angelus, o Papa dirigiu-se às primeiras filas para uma saudação pessoal a todos os presentes. Mais apertos de mão, carícias e bênçãos encerraram uma manhã que começou com uma imersão no coração desta pequena cidade do Lácio, feliz por ver o Sucessor de Pedro caminhando novamente entre suas muralhas, suas ruas estreitas e suas vistas para o lago de Albano, também chamado lago de Castel Gandolfo.

Fonte: Vatican News

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