São Pedro e São Paulo, um pescador e um perseguidor que se tornaram modelos de ‘zelo apostólico’

Vatican Media

Um pescador da Galileia que se tornou “pescador de homens” e um fariseu perseguidor de cristãos que se tornou “evangelizador dos povos”. O Papa Francisco refletiu sobre a vida e missão dos santos Pedro e Paulo, apóstolos celebrados no sábado, 29 de junho, como modelos de “zelo apostólico”, homens que foram libertados pelo encontro com Cristo e se tornaram, eles mesmos, “portas de vida nova”.

Em sua pregação durante a celebração eucarística na Basílica de São Pedro (foto), o Papa Francisco dedicou alguns minutos à imagem da porta como metáfora para a vida. A chamada “porta santa”, que se abrirá nas principais basílicas de Roma durante o jubileu de 2025, representa a ideia de que todos podemos entrar “no santuário vivo que é Jesus, e nele viver a experiência do amor de Deus que revigora a esperança e renova a alegria”.

PORTAS DA FÉ

Na figura de Pedro, o Papa recordou o momento em que Deus o liberta da prisão, abrindo-lhe, literalmente, uma porta por meio de seu anjo, mas também em uma dimensão mais profunda. “A Pedro – como ouvimos no Evangelho – Jesus havia confiado as chaves do Reino; mas ele experimenta que é o Senhor quem abre as portas primeiro, Ele sempre vai à nossa frente”, afirmou o Pontífice, sucessor de Pedro.

Paulo, nas palavras de Francisco, viveu uma “experiência pascal” em sua conversão de soldado romano e perseguidor a um dos maiores evangelizadores da história. Ele foi uma grande porta de acesso à Igreja primitiva. Além disso, ele mesmo usou a imagem da porta como uma forma de falar de Deus em suas pregações: utilizou a expressão “porta da fé” ou “porta da palavra”, lembrou o Papa.

“Irmãos, os dois Apóstolos Pedro e Paulo fizeram esta experiência de graça. Tocaram com as mãos a obra de Deus, que lhes abriu as portas da sua prisão interior e das prisões reais onde estavam encerrados por causa do Evangelho”, disse. “E abriu-lhes, igualmente, as portas da evangelização, para que pudessem experimentar a alegria do encontro com os irmãos das comunidades nascentes e levar a todos a esperança do Evangelho.”

COMUNHÃO COM OS ARCEBISPOS METROPOLITANOS

Todos os anos, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, os novos arcebispos metropolitanos vêm a Roma para receber das mãos do Papa, o sucessor de Pedro, o pálio que representa sua comunhão e unidade com o Bispo de Roma. O pálio é uma faixa de lã branca colocada sobre os ombros dos arcebispos, sobre as vestes litúrgicas.

Entre os 42 arcebispos metropolitanos, cinco brasileiros receberam o pálio: de Natal (RN), Dom João Santos Cardoso; de Fortaleza (CE), Dom Gregório Ben Lâmed Paixão; de Aracaju (SE), Dom Josafá Menezes da Silva; de Maceió (AL), Dom Carlos Alberto Breis Pereira; e de Cascavel (PR), Dom José Mário Scalon Angonese.

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