Em SP, Bento XVI pediu aos clérigos autêntico testemunho e uma ‘evangelização mais eficiente’

No terceiro dia de sua viagem apostólica ao Brasil, em 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI tratou sobre a evasão e migração de católicos para outras religiões, falando no encontro com cerca de 400 bispos na Catedral da Sé.

Foto: Luciney Martins/O SÃO PAULO

O Pontífice enfatizou que é preciso que Cristo e a sua Igreja estejam no centro do agir eclesial e recordou que a função do bispo é congregar e unificar os trabalhos pastorais das dioceses para que eles sirvam de testemunho evangélico da transformação que a fé em Cristo pode fazer.

Conforme externou o Santo Padre, o avanço das seitas está vinculado à vulnerabilidade da fé. “As pessoas mais vulneráveis ao proselitismo agressivo das seitas e incapazes de resistir às investidas do agnosticismo, do relativismo e do laicismo são geralmente os batizados não suficientemente evangelizados, facilmente influenciáveis porque possuem uma fé fragilizada e, por vezes, confusa, vacilante e ingênua, embora conservem uma religiosidade inata”.

Depois do discurso de Bento XVI, os 14 presidentes das regionais da CNBB o cumprimentaram. Na saída da Catedral, cerca de 2 mil pessoas o aguardavam na Praça da Sé. Após ouvir os gritos de “Bento, Bento!”, o Papa abriu os vidros do papamóvel e agitou os braços para a multidão e para as dezenas de bispos que se posicionaram nas escadarias da Catedral.

No dia seguinte, 12 de maio, em seu primeiro compromisso público no Santuário Nacional de Aparecida, Bento XVI participou da recitação do Rosário com 45 mil pessoas. Depois de contemplar os mistérios gozosos, o Papa fez uma pequena reflexão, durante a qual agradeceu o carinho com que foi recebido em Aparecida.

Falando diretamente aos ministros ordenados, o Santo Padre afirmou que “o testemunho de um sacerdote dignifica a Igreja, suscita a admiração nos fiéis, é fonte de bênçãos para a comunidade, é a melhor promoção vocacional, é o mais autêntico convite para que outros jovens também respondam positivamente aos apelos do Senhor”.

Durante o Rosário, Bento XVI, a exemplo de São Paulo VI, presenteou o Santuário de Aparecida com uma rosa de ouro.

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