“Que haja muita consciência da nobreza do trabalho e que nenhum de nossos irmãos seja explorado. Abençoai, ó Virgem do trabalho, nossa sociedade, nossas famílias e a cada um de nós”. Este é um dos trechos da oração a Nossa Senhora do Trabalho, uma devoção ainda pouco conhecida, mas que tem mais de cem anos.
Em 1º de maio de 1901, na Planície de Nova Olônio, na Itália, foi celebrada pela primeira vez a festa em honra a Nossa Senhora do Trabalho, por iniciativa de São Luís Guanella (1842-1915).
Foi o fundador da Congregação das Filhas de Santa Maria da Providência e dos Padres e Irmãos Servos da Caridade (Guanellianos) que idealizou a imagem em que a Virgem Maria aparece abençoando um agricultor e um carpinteiro. A ideia é que ao venerarem a imagem mariana, os trabalhadores se sentissem protegidos pela Mãe do Salvador e santificassem a vida pelo trabalho.
Os Guanellianos chegaram ao Brasil em 1947 e difundiram esta devoção mariana. Em 1955, foi realizada a primeira festa de Nossa Senhora do Trabalho, em Porto Alegre (RS), onde há uma paróquia sob este título mariano. Em 2024, a festa, que é parte do calendário oficial da capital gaúcha, chega à sua 70ª edição. No estado, há outras duas comunidades com o título de Nossa Senhora do Trabalho, nas cidades de Canoas e Capão da Canoa.
Na Arquidiocese de São Paulo, a devoção a Nossa Senhora do Trabalho ocorre de maneira especial na Paróquia Santa Cruz, na Região Santana, que está sob os cuidados dos Guanellianos. A festa deste ano começou no domingo, 28 de abril, e será encerrada na quarta-feira, dia 1º, às 10h, na missa em que será inaugurado um nicho próprio para a imagem de Nossa Senhora do Trabalho. A matriz paroquial está localizada na Avenida Santa Inês, 2.229, no Parque Modelo.