A 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB) chega ao 3º dia na sexta-feira, 12.
O primeiro compromisso dos mais de 400 bispos reunidos em Aparecida (SP) foi a participação da missa e das Laudes, às 7h, no Santuário Nacional, presidida por Dom Geremias Steinmetz, Arcebispo de Londrina (PR).
A Eucaristia foi celebrada em memória dos bispos falecidos desde a última Assembleia Geral, em abril de 2023.
“Lembrar daqueles que contribuíram de maneira tão intensa na vida da Igreja, a ponto de serem chamados para essa missão do episcopado, é um dever para nós, mas, também, uma honra, uma alegria, pois são pessoas que até a assembleia geral de 2023 caminhavam conosco”, destacou Dom Geremias.
“O Evangelho que anunciaram, juntamente com suas obras, sua dedicação ao trabalho, continua agora, entre nós, fazendo parte do patrimônio testemunhal, metodológico, espiritual, profético, nas mais diferentes áreas de atuação da Igreja”, complementou o Arcebispo de Londrina.
PAUTA DO DIA
A 3ª sessão da 61ª AG CNBB, teve início às 8h30. Os bispos refletem sobre a Análise de Conjuntura Social, apresentada por Dom Francisco Lima Soares, Bispo de Carolina (MA) e Coordenador do grupo de Análise de Conjuntura da CNBB, composto por especialistas das pontifícias universidades católicas do Brasil.
A quarta sessão, com início previsto para às 10h30, será dedicada à Análise de Conjuntura Eclesial, e será apresentada pelo bispo de Petrópolis (RJ), Dom Joel Portella, membro do Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi.
O destaque da quinta sessão da Assembleia, com previsão de início às 15h15, fica por conta do início da reflexão sobre o tema central: a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. O momento, a ser coordenado pelo Arcebispo de Santa Maria (RS) e coordenador do grupo que consolidou o texto mártir do tema central, Dom Leomar Antônio Brustolin, adotará o processo de discernimento compreendido como “Conversa no Espírito”.
O método foi utilizado na etapa Continental do Sínodo sobre a Sinodalidade e também pelos padres sinodais na primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos que ocorreu de 4 a 29 de outubro de 2023 em Roma. Trata-se de um instrumento para animar o discernimento comunitário conduzido pela ação do Espírito Santo.
Os bispos serão distribuídos em 45 mesas sinodais, organizadas como pequenas comunidades, sendo aproximadamente 10 prelados em cada uma delas. Cada mesa terá a presença de um bispo facilitador que conduzirá a vivência da experiência da “Conversa no Espírito” entre os participantes e será secretariada pelos assessores das Comissões Episcopais da CNBB. Para aprofundar e aprovar o caminho de atualização das diretrizes, o método prevê três rodadas sempre precedidas por um momento de oração e silêncio.
Dom Leomar e Dom Francisco Lima participam da coletiva de imprensa na manhã da sexta-feira, 12.
RETIRO
Ao longo da quinta-feira, 11, os bispos participaram do retiro, conduzido pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano.
“Ele nos fez reflexões muito bonitas, profundas, baseadas justamente no tema do Sínodo: Igreja sinodal em comunhão, participação e missão. Ele mostrou claramente que é isso a Igreja que Cristo quer de nós: em comunhão, participação e missão”, testemunhou o Cardeal Scherer, Arcebispo de São Paulo, no programa Encontro com o Pastor, da rádio 9 de Julho, na sexta-feira, 12.
“Rezem por nós, para que possamos continuar bem a nossa assembleia e ter bons frutos no trabalho da Assembleia”, disse o Cardeal Scherer. Ele também recomendou às pessoas que acompanhem pelas mídias católicas o desenrolar da assembleia.
