A Caritas Arquidiocesana de São Paulo (CASP), por meio do Serviço de Acolhida e Orientação para Refugiados (SAOR), realizou, em 21 de junho, a aula inaugural da 9ª edição do projeto Empoderando Refugiadas, cuja finalidade é promover formação para empregabilidade de mulheres refugiadas no Brasil e que estejam em situação de vulnerabilidade social.
A iniciativa é uma parceria da CASP com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Pacto Global da ONU no Brasil e ONU Mulheres.
Para a 9ª edição do projeto, foram selecionadas, com o apoio da CASP-SAOR, 18 mulheres refugiadas – cubanas, venezuelanas e dominicanas –, que já começaram o curso “Acabamento, Revisão e Passadoria de Produto de Vestuário”.
O projeto conta ainda com os seguintes parceiros:
– Patrocínio do Instituto Lojas Renner e Instituto C&A, para a inserção dessas mulheres no varejo de moda;
– PARR (Programa de Apoio à Recolocação de Refugiados);
– Studio 40;
– Senai SP, que será o parceiro metodológico.
ACOLHIMENTO
O curso teve um total de 20 horas e aconteceu até 28 de junho, na unidade Senai Brás – Vestuário e Têxtil, na região central de São Paulo.
A aula inaugural ocorreu por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados, celebrado em 20 de junho, mas a aula prática começou no dia 24 do mesmo mês.
“Esse projeto é muito importante para a trazer uma oportunidade de trabalho a essas mulheres, pois a empregabilidade é essencial para o acolhimento delas na sociedade brasileira”, explicou Talitha Iamamoto, coordenadora do SAOR.
Além da formação em si, as alunas também receberam suporte para elaboração de currículo, vale-transporte, ajuda com alimentação e poderão participar de feiras de empregabilidade.
Participaram da aula inaugural: Camila Sombra e Camila Barrero (ACNUR); Isabela Moncovo (Instituto Lojas Renner); Jaynan Aranda e Giuliana Vendramini (Instituto C&A); Victor Leonard e Nilson Peissler Luna (Studio 40); e Samantha Pimenta (Senai SP).
HISTÓRICO
O projeto Empoderando Refugiadas começou em São Paulo em 2016, e hoje conta com turmas em Boa Vista (Roraima), Brasília, Curitiba (Paraná) e Rio de Janeiro, mas há propostas de expansão para outros lugares.
Números do projeto:
– 550 mulheres em situação de refúgio formadas;
– 350 delas foram contratadas durante ou logo após a formação;
– Mais de 600 pessoas em situação de refúgio foram interiorizadas em distintas cidades do país e puderam levar suas famílias.