
Sob o refrão do canto: “Vitória, tu reinarás” a cruz da primeira missa celebrada no Brasil, há 525 anos, foi recebida na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, na tarde da terça-feira, 22 de abril, pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, pelo Arcebispo de Campo Grande (MS), Dom Dimas Lara Barbosa, por padres, assessores e colaboradores da conferência.
A peregrinação foi organizada pelo Movimento Brasil com Fé para celebrar os 525 anos da primeira missa no Brasil. Na iniciativa, a cruz original da primeira missa no Brasil passará em 20 cidades do país, de 12 a 27 de abril.
Em Brasília, a cruz esteve esteve numa missa na catedral metropolitana Nossa Senhora Aparecida, às 12h, presidida pelo arcebispo, Cardeal Paulo Cezar Costa. Logo após a passagem pela CNBB, seguirá para uma sessão solene no Congresso Nacional e o lançamento do selo comemorativo do “Jubileu dos 525 Anos da Primeira Missa no Brasil” dos Correios.
Simplicidade que marca a presença de Cristo no Brasil
No início da celebração, o Padre Omar Raposo, Reitor do Santuário do Cristo Redentor, um dos coordenadores da peregrinação, pontuou que a cruz visita o Brasil num momento com um misto de emoções nas oitavas da Páscoa, no aniversário de Brasília, no período de luto pela morte do Papa Francisco, mas sempre contextualizada por sua simplicidade e marca da presença de Cristo no país.
A indígena Ilza Neves, representante do povo Pataxó do extremo sul da Bahia, que também integra a comitiva da peregrinação, disse sentir-se privilegiada em participar da comitiva e ressaltou o simbolismo da cruz e a relação com o povo Pataxó que estava presente nan primeira missa no Brasil segundo descrito na carta de Pero Vaz de Caminha.
“Em cada lugar que a gente passa com essa peregrinação é como se a gente estivesse acendendo a chama crística em cada pessoa e lugar”, reforçou.
Cruz: maior gesto de amor pela humanidade

O secretário-geral da CNBB agradeceu a presença de todos, especialmente de Dom Dimas, que também foi secretário-geral da CNBB, e reforçou que a cruz relembra um importante fio da história: o de que o Brasil começou cristão. “A cruz está aqui conosco para nos lembrar do maior gesto de amor pela humanidade; agora ela está vazia porque Cristo está no coração de cada pessoa. Ela é sinal da aliança de amor de Deus com a humanidade”, disse.
Dom Ricardo lembrou também que a cruz é sinal de compromisso e fidelidade da Igreja com os povos originários que estavam em solo brasileiro. O secretário-geral conduziu todos em oração pela alma do Papa Francisco, pelos povos originários, todos os bispos do Brasil e todos os governantes do país.
Ao final da celebração, cada participante pôde tocar na cruz e fazer sua oração pessoal.
Fonte: CNBB