Com a meta de imunizar cerca de 13 milhões de crianças menores de 5 anos de idade, teve início na segunda-feira, 27, a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite.
A Campanha vai até 14 de junho. A expectativa é reduzir o número de crianças não imunizadas e o risco de reintrodução do poliovírus no País. O Ministério da Saúde recomenda que estados e municípios realizem em 8 de junho o chamado Dia D contra a pólio, mas ressalta que estes “têm autonomia para definir a realização em outras datas, de acordo com as especificidades locais”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poliomielite afeta principalmente crianças com menos de 5 anos, sendo que uma em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível, geralmente das pernas. Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.
O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989. Em 1994, o País recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No ano passado, entretanto, o Brasil foi classificado pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas como território de alto risco para reintrodução do poliovírus. “Essa categorização se deu a partir do desempenho das coberturas vacinais, dos indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA) e do status de contenção laboratorial dos poliovírus, por exemplo”, detalhou o Ministério da Saúde.
De acordo com a pasta, o Brasil está em fase de transição para substituir as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) para apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP), no formato injetável. Com a mudança, o esquema vacinal e a dose de reforço contra a doença, a partir do segundo semestre deste ano, serão feitos exclusivamente com a VIP.
Fontes: Agência Brasil e Ministério da Saúde