Desemprego atinge 14 milhões de brasileiros

Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios sobre a COVID-19

De acordo com uma amostra divulgada nesta sexta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros desempregados chegou a 14 milhões na quarta semana de setembro.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) COVID-19 revelou que este número é estatisticamente estável em relação à semana anterior (que somou 13,3 milhões) e maior em comparação a primeira semana de maio, quando o levantamento foi iniciado. 

Em nota, a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, afirmou que: “Vínhamos observando, nas últimas quatro semanas, variações positivas, embora não significativas da população ocupada. Na quarta semana de setembro, a variação foi negativa, mas sem qualquer efeito na taxa de desocupação”.

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Em outros dados, a PNAD COVID-19 apontou que entre os dias 20 e 26 de setembro, 15,3 milhões de brasileiros não procuraram emprego por conta da pandemia ou por falta de vagas na localidade em que residem.

Ato todo, 2,7 milhões de pessoas foram afastadas de suas ocupações devido ao distanciamento social. No mesmo período, 7,9 milhões de trabalhadores realizaram suas ocupações remotamente.

OUTROS NÚMEROS

No mês de agosto, a maioria dos trabalhadores que foram afastados do trabalho atuavam no setor privado com carteira assinada.

Outro dado indicou que 1,6 milhões de pessoas ocupadas ou afastadas deixaram de receber remuneração e 27,0 % tiveram rendimento menor do que o normalmente recebido.

Analisando o território nacional, destaca-se a Região Nordeste que apresentou a maior alta no número de desempregados, de 69%. Já o Sudeste reúne 45% dos desempregados no País.

Veja outros dados no site

A PNAD COVID-19

Iniciada em 4 de maio, a coleta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios sobre a COVID-19 acontece por meio de entrevistas realizadas por telefone em, aproximadamente, 48 mil domicílios a cada semana, totalizando cerca de 193 mil residências por mês, ao longo de todo o território nacional.

Realizada de forma fixa, os domicílios entrevistados no primeiro mês de coleta de dados permanecem na amostra nos meses seguintes, até o fim da pesquisa.

Dividido em duas partes, o questionário é direcionado à saúde, especificamente sobre sintomas associados à síndrome gripal e a questões de trabalho.

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