Dia Mundial dos Pobres: bispos pedem gestos concretos

A data, celebrada pela primeira vez em 2016, tem por objetivo conscientizar os fiéis e a sociedade em geral para a questão da solidariedade com as pessoas em situação de vulnerabilidade

No domingo, 14, é celebrado, pela quinta vez, o Dia Mundial dos Pobres, instituído por iniciativa do Papa Francisco. A Igreja no Brasil convida as paróquias e os fiéis a fazerem um “gesto concreto” nesta semana de novembro.

O comitê organizador propõe ações concretas para lutar contra a pobreza e por mais solidariedade com os pobres no Brasil. O Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro e Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Joel Portella Amado, aponta a necessidade de ver a solidariedade como resposta de fé em um momento de grandes desafios.

“A fé nos convida a sonhar e a trabalhar juntos por um mundo onde a pobreza seja superada. Não devemos nos acostumar com a pobreza e nos tornar indiferentes para com os pobres”, disse.

Ações concretas

No âmbito do Dia Mundial dos Pobres, a Igreja Católica no Brasil lançou, portanto, uma “Ação Emergencial de Solidariedade”, o “Pacto pela Vida e pelo Brasil” e a “Sexta Semana Social”, que têm como objetivo estimular ações locais concretas.

As organizações realizadoras adotaram o tema “Sentes compaixão?”, um convite a não ter indiferença frente ao sofrimento das pessoas pobres e vulneráveis em todo o País. O lema bíblico que inspira a celebração desta edição é: “Sempre tereis pobres entre vós” (Mt 14, 7).

Mais de 51,9 milhões de brasileiros vivem atualmente em situação de precariedade e crescente pobreza socioeconômica. As consequências da pandemia agravaram esta dramática situação, que afeta particularmente as mulheres, as populações indígenas e rurais. Mais de 19 milhões de brasileiros passam fome, ante 10,3 milhões em 2018. Além disso, 16 milhões de pessoas são afetadas pela insegurança alimentar.

Fonte: CNBB e Agência Fides

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