Dom Jaime destaca que origem diversificada dos futuros cardeais reforça a universalidade da Igreja

Nesta quarta-feira dom Jaime visitou a Rádio Vaticano – Vatican News, onde conversou com Silvonei José destacando que o pensamento neste momento que antecede ao Consistório é um marcado por uma atitude de disponibilidade.

Vatican Media

O Papa Francisco surpreendeu a Igreja no mundo com o anúncio de um Consistório em 7 de dezembro para a criação de 21 novos cardeais. Entre eles, cinco da América Latina, sendo um brasileiro: o arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, também presidente da CNBB e do Celam.

Nesta quarta-feira dom Jaime visitou a Rádio Vaticano – Vatican News, onde conversou com Silvonei José destacando que o pensamento neste momento que antecede ao Consistório é um pensamento “marcado por uma atitude, uma atitude de disposição para colaborar da melhor forma possível naquilo que formos solicitados. Eu tenho dito em alguns espaços que quando damos um sim na vida, seja abraçando uma vocação, ou outra, seja a vida matrimonial, seja a vida consagrada, a vida laical ou ministério ordenado, nós temos que estar prontos para aquilo o que der e vier. E mais ainda quando gostamos do que somos e amamos o que fazemos”.

A escolha para fazer parte do Colégio cardinalício é sempre um reconhecimento também parte do Santo Padre para com a Igreja no Brasil através da pessoa  de dom Jaime e também da América Latina, já que o arcebispo de Porto Alegre é também presidente do CELAM.

Falando dessa responsabilidade dom Jaime destaca que é uma responsabilidade ainda maior, porque de uma forma toda particular o “colégio dos Cardeais é chamado a cooperar com o Santo Padre de uma forma mais intensa, mais direta, na atenção para com toda a Igreja presente nos diversos continentes”.

Dom Jaime ainda destaca a importância das nomeações tão diversificadas dos novos cardeias, fato que representa de modo mais tangível a universalidade da Igreja.

Em outra ocasião o arcebispo de Porto Alegre falava do seu sentimento de gratidão ao Pontífice, pela “proximidade e fraternidade” de todos.

Dom Jaime Spengler, também membro dos dicastérios para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos e do Instituto de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica da Santa Sé, no Vaticano, será o segundo arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre a ser criado cardeal, junto com dom Vicente Scherer (1903-1996), que recebeu a nomeação em 1969 pelo Papa São Paulo VI, aos 66 anos.

Biografia e trajetória eclesial

Dom Jaime Spengler nasceu em 6 de setembro de 1960, em Gaspar (SC). Ingressou na Ordem dos Frades Menores, também conhecida por Ordem de São Francisco (Franciscanos) em 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio (SC). Cursou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, de Campo Largo (PR), e Teologia no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém, em Israel.

Foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990, na sua cidade natal. Fez doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, e atuou dentro da Ordem dos Frades Menores em diversas missões e cidades do país até 2010, quando foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre. A ordenação episcopal, presidida por dom Lorenzo Baldisseri, núncio apostólico no Brasil na ocasião, ocorreu dia 5 de fevereiro de 2011, na paróquia São Pedro Apóstolo, em Gaspar.

Dom Jaime Spengler é arcebispo metropolitano de Porto Alegre desde 18 de setembro de 2013, quando foi nomeado pelo Papa Francisco que, concomitantemente, recebeu o pedido de renúncia de dom Dadeus Grings. Escolheu como seu lema episcopal “Gloriar-se na Cruz” (Cl 6,14) – In Cruce Gloriari.

No quadriênio de 2011 a 2015, foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenado e a Vida Consagrada da CNBB. Em 2015, foi eleito presidente desta comissão. Entre os destaques de sua atuação à frente do colegiado, consta a aprovação das novas Diretrizes para a Formação de Presbíteros da Igreja no Brasil, em 2018.

Em maio de 2019, foi eleito primeiro vice-presidente da CNBB. No mesmo quadriênio, foi bispo referencial da CNBB para o Colégio Pio Brasileiro, em Roma, vice-presidente da Comissão Especial para o Acordo Brasil-Santa Sé da CNBB e bispo referencial CNBB – Regional Sul 3 para Vida Consagrada e Ministérios Ordenados.

No dia 24 de abril de 2023, foi eleito presidente da CNBB para o quadriênio 2023-2027. Semanas depois, no dia 17 de maio, foi eleito presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam). A partir desta função, foi nomeado padre sinodal da XVI Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, cuja segunda etapa ocorre em Roma até o próximo dia 27.

Fonte: Vatican News

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