A tragédia atingiu 21 famílias, deixando 12 vítimas, 50 pessoas desalojadas, três lojistas e dois óbitos, um pai e a filha, de dois anos
Na noite da quinta-feira, 3, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, visitou o local em que prédio de quatro andares desabou de madrugada, na comunidade do Anil, em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.
Ele foi levar sua solidariedade à comunidade após presidir a terceira celebração da Solenidade de Corpus Christi, realizada na Catedral de São Sebastião.
Em todas as missas, o Arcebispo rezou nas intenções dos atingidos pela tragédia. Estava acompanhado do Bispo Auxiliar Dom Roque Costa Souza e do pároco local, Padre Renato Lima, da Paróquia São João Batista.
Dom Orani foi informado, conforme dados oficiais do serviço social de assistência social da prefeitura, que a tragédia atingiu 21 famílias, deixando 12 vítimas, 50 pessoas desalojadas, três lojistas e dois óbitos, um pai e a filha, de dois anos.
A paróquia local está colaborando, acolhendo os profissionais que estão na linha de frente, e prestando auxilio para os atingidos.
“A Igreja tem consciência do seu papel social, por isso, nossa Arquidiocese se coloca à disposição para ajudar neste momento difícil”, disse Dom Orani.
Tragédia
O edifício desabou por volta das 3h20, na madrugada da quinta-feira, 3. O acidente ocorreu na Avenida da Areinha, próximo à Rua das Uvas.
Ao chegarem ao local, os bombeiros também tiveram que combater chamas que atingiam os destroços Não há informações sobre o que causou o colapso da estrutura e nem se o prédio era regular.
O desabamento atingiu três edificações que ficam em frente ao prédio e uma que fica ao lado dele. Em abril de 2019, dois prédios irregulares desabaram na comunidade vizinha da Muzema, deixando 24 mortos.
Investigações
A Polícia Civil do Rio de Janeiro montou uma força-tarefa para apurar as circunstâncias do desabamento do prédio e o possível envolvimento de milicianos em construções irregulares na região.
A força-tarefa é integrada pela 16ª DP (Barra da Tijuca), a 32ª DP (Taquara), a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais.
Segundo informações preliminares da polícia, o imóvel que desabou foi construído há mais de 20 anos por pessoas que moravam no local e a construção não teria ligação com a milícia.
Policiais civis estiveram na comunidade e conversaram com testemunhas e vítimas. A perícia no local começará a ser feita assim que os bombeiros liberarem a área.
(Com informações de Arquidiocese do Rio de Janeiro e Agência Brasil)