‘Cardeal da Esperança’ completaria 100 anos em 14 de setembro. Ele faleceu em dezembro de 2016, aos 95 anos
No ano em que se festeja o centenário do nascimento do Cardeal Paulo Evaristo Arns (1921-2016), que foi Arcebispo de São Paulo entre 1970 e 1998, uma série de homenagens estão sendo preparadas.
Na Arquidiocese de São Paulo, uma extensa programação terá início em 14 de setembro, às 10h, com um missa na Catedral da Sé, presidida por Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, no dia do centenário de nascimento do ‘Cardeal da Esperança’.
Dom Paulo Evaristo Arns também será homenageado em diferentes âmbitos da sociedade e pelo poder público.
Nome em UPA na zona Leste
Por meio do decreto municipal 60.441, publicado em 6 de agosto, o prefeito Ricardo Nunes determinou que a Unidade de Pronto Atendimento Mooca, na zona Leste da cidade, seja chamada de UPA Dom Paulo Evaristo Arns.
Localizada na Rua Dr. Fomm, 261, na esquina com a Praça Barão de Tietê, essa UPA teve obras retomadas no ano passado, após ficarem paralisadas por quatro anos.
Sessões especiais no Senado e na Câmara dos Deputados
No dia 3 deste mês, a Comissão de Legislação Participativa do Senado aprovou um requerimento do senador Flávio Arns para a realização de uma sessão especial, em data a ser definida no mês de setembro, para lembrar o centenário de nascimento de Dom Paulo.
No requerimento, o senador, que é sobrinho de Dom Paulo, destaca que à frente da Arquidiocese de São Paulo, o Cardeal Arns “buscou aproximar a Igreja da sociedade, trabalhando principalmente pelas populações mais vulneráveis” e que esteve atento às questões sociais de sua época: “não faltou a Arns coragem para denunciar as mortes e as torturas perpetradas pelas autoridades. Fez chegar a Jimmy Carter, então presidente dos Estados Unidos, uma lista de desaparecidos políticos. Celebrou na Catedral da Sé homenagens às vítimas do regime, como o jornalista Vladimir Herzog”.
O ‘Cardeal da Esperança’ também será homenageado em uma sessão da Câmara dos Deputados em setembro.
O requerimento foi feito pela deputada Luiza Erundina e aprovado pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados (CLP).
No requerimento, a deputada lembra a atuação de Dom Paulo na Arquidiocese e na vida social do País, com a criação de organismos como a Comissão Justiça e Paz de São Paulo, em 1972; a apresentação, em 1974, de um dossiê sobre casos de desaparecidos políticos; e a coordenação, com o Reverendo Jaime Wright, do projeto “Brasil: Nunca Mais”, entre 1979 e 1985, que resultou em um milhão de páginas de processos do Superior Tribunal Militar (STM).
Fontes: Prefeitura de São Paulo, Câmara Notícias e Agência Senado