Para que isso acontecesse, a máscara teria que estar totalmente “selada” na pele e isso não acontece
Circula nas redes sociais uma mensagem afirmando que o uso prolongado das máscaras causa hipóxia, porém isso é mentira.
Esta fake news tenta convencer que o ar expirado (aquele que soltamos e contém dióxido de carbono [CO2]) ficaria preso entre a máscara e o nosso rosto. E assim a pessoa estaria respirando um ar “tóxico”, causando tontura, fadiga, quebra de glicose e aumento do ácido lático. Essa informação é totalmente equivocada.
POR QUE?
A hipóxia é uma condição patológica em que há “falta” de oxigênio em um determinado tecido. Para que isso acontecesse, a máscara teria que estar totalmente “selada” na pele e isso não acontece. Principalmente com as máscaras feitas em casa, que têm diversas entradas possíveis para o ar. Além disso, os tecidos recomendados para a confecção das máscaras são seguros para passagem livre do ar.
Para uma situação de hipóxia, a pessoa deveria passar por uma completa vedação do ar. Um exemplo é tentar respirar em um local hermético, como dentro de um saco plástico, isso causaria a hipóxia e asfixia.
Além disso, a quebra da glicose (uma das formas mais simples de açúcar) e geração de ácido láctico (produto final da metabolização), só acontece em situações de anaerobiose (estado de ausência de oxigênio), o que não corresponde ao caso.
COMBATE ÀS NOTÍCIAS FALSAS
Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou serviço para esclarecer dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.
Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.
Além disso, o Governo do Estado de São Paulo disponibiliza um canal exclusivo no Telegram de combate notícias falsas sobre coronavírus.
(Com informações de COVID Verificado)