Em relatório, Pastoral Carcerária trata sobre as restrições à liberdade religiosa nas cárceres

CNBB

A Pastoral Carcerária lançou no início deste mês de março o “Relatório de Dados – Restrições à Assistência Religiosa 2024”. Trata-se, segundo a coordenadora nacional na apresentação da publicação, irmã Petra Silvia Pfaller, de um trabalho que foi gestado ao longo desses meses e traz, para além dos números, o dia a dia da jornada do agir pastoral no âmbito das prisões.

“A Assistência Religiosa é um direito da pessoa presa e um dever de cada Cristão/ã, seguindo a missão de Jesus: “Estive preso e você me visitou” (Mt 25), sendo presença de uma “Igreja em saída” (Papa Francisco) com o  objetivo de Evangelizar e promover a dignidade humana, para realizar um “Sonho de Deus: Um mundo sem Cárcere”, afirma um trecho da publicação.

Convite a escutar os gritos do sistema carcerário

A Pastoral Carcerária aponta que a publicação, ao mesmo tempo, é um ver e um convite a escutar os gritos ensurdecedores de um sistema, o carcerário, expressão da sociedade em que vivemos, onde imperam  cada dia mais a intolerância e o consequente desejo de eliminar o diferente, seja uma eliminação real (homicídio), seja uma eliminação virtual (cancelamento).

“Esta realidade é tão fortemente presente que podemos caracterizar a nossa cultura como a cultura do cancelamento. A ela soma-se uma das marcas do nosso tempo… a nossa sociedade é excludente. Abaixo dos considerados improdutivos, encontramos os excluídos, aqueles que a sociedade não quer nem ver, para nem se lembrar da sua existência. São as pessoas em situação de rua, os encarcerados, os refugiados… Esta “cultura do cancelamento” se estende também ao âmbito religioso, às  dificuldades encontradas pela Pastoral Carcerária ao longo destes últimos anos e, também, presentes na atualidade de acesso às unidades prisionais”, diz um trecho da apresentação.

Fonte: CNBB

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