Genfest 2024 mobiliza a juventude para a construção de um mundo unido

Pela primeira vez, o Brasil acolheu jovens de mais de 40 países para o Genfest, evento global promovido pelo Movimento dos Focolares. Com o tema “Juntos para Cuidar”, a 12ª edição do festival começou no dia 12, em uma jornada dividida em três momentos: a primeira fase, de 12 a 18 de julho, incluiu ações sociais em todo o País e na América Latina; já as fases dois e três, entre os dias 19 e 24, aconteceram em Aparecida (SP).

O Genfest é destinado a jovens entre 18 e 35 anos e ocorre a cada seis anos. Esta é a primeira edição na América Latina. Este evento internacional teve sua origem em 1973, na Itália, quando um grupo de jovens difundiu a união e a fraternidade em meio a um cenário de contestações e divisões. Na ocasião, São Paulo VI exortou: “Contribua para formar uma consciência cada vez mais clara da responsabilidade que o Evangelho comporta na própria vida”.

Fundado por Chiara Lubich, o Movimento dos Focolares tem como objetivo central cooperar na construção de um mundo unido, o que implica fazer da humanidade uma grande família. No Brasil, o movimento está desde 1959 e conta atualmente com 67 centros de difusão e cerca de 82 mil membros, em mais de 500 cidades.

PROGRAMAÇÃO

Na primeira fase do evento, centenas de jovens brasileiros e de outras nacionalidades participaram como voluntários em mais de 36 organizações da sociedade civil e comunidades sem fins lucrativos (OSC’s) do Brasil e da América Latina que atuam em prol dos mais carentes, dos idosos e das crianças por meio de ações no âmbito da educação, alimentação e promoção humana.

O evento central do festival aconteceu entre sexta-feira, 19, e domingo, 21, no Santuário Nacional de Aparecida. Nessa fase, os jovens participaram de um grande momento de troca de experiências e manifestações culturais.

O Genfest é também um projeto cultural que quer sensibilizar o maior número de jovens sobre a questão da interdependência, do desenvolvimento justo e sustentável e da solidariedade para formar uma nova geração no paradigma cultural da fraternidade e da relacionalidade.

Já a terceira fase, que se conclui na quarta-feira, 24, consistiu em uma experiência imersiva e cultural. Por meio das inovadoras Comunidades Pathways, o evento conectou jovens em um ambiente propício para a transformação de ideias em ações concretas.

COMPARTILHAR IDEIAS

Os jovens participaram de workshops, dinâmicas interativas e palestras com especialistas renomados. Divididas em oito áreas temáticas – Economia e Trabalho; Intercultura e Diálogo; Paz e Direitos Humanos; Saúde, Esporte e Ecologia; Arte e Compromisso Social; Educação e Pesquisa; Comunicação e Mídia; e Cidadania Ativa e Política –, as Comunidades Pathways permitiram aos participantes um espaço para compartilhar seus talentos e paixões, promovendo mudanças pessoais e coletivas que inspirarão a fraternidade em todas as dimensões da vida humana.

Para Guilherme Baboni, membro da Comissão Central do Genfest, o evento ultrapassou barreiras e conseguiu chegar não apenas aos jovens, mas também às pessoas de outras gerações tocadas pelo carisma da unidade. “Para mim, o grande legado que o Genfest deixa em cada um de nós que participamos é que, sim, podemos ser agentes de transformação e protagonistas da mudança que tanto ansiamos, para um mundo mais fraterno e unido!”, afirmou.

Maria de Lourdes Magalhães, também da Comissão Central/Executiva do festival, ressaltou a participação de membros de diferentes religiões e confissões cristãs, pessoas não religiosas, todos unidos em um único propósito e bem comum: a busca pela paz. Recordando o tema do evento, “Juntos para Cuidar”, ela destacou: “Embora o mundo esteja um pouco difícil, os jovens tiveram a oportunidade de descobrir juntos que é possível fazer mais”.

UNIDADE

Para o jovem Vitor Sgoti, o Genfest, como um todo, deixa três legados. “O primeiro vem com a construção de todo o evento, um percurso que foi realizado a partir de uma experiência intergeracional, com o apoio dos jovens e dos adultos que, juntos, tornaram essa experiência muito rica, por conta deste olhar a partir de todas as perspectivas, que agregaram ainda mais valor ao todo, permitindo que o Genfest se tornasse a potência que foi. Essa troca de experiência entre gerações foi, sem dúvida, um dos pontos altos para tornar tudo ainda mais belo e extraordinário”, destacou.

O segundo legado apontado por ele tem relação com a temática ‘Juntos para Cuidar’, “que não é apenas uma proposta para o evento, mas uma proposta que devemos levar para a vida, uma proposta que precisa continuar independentemente do término do Genfest, que deve ser contínua para todos nós”.

“E em terceiro lugar, vem a questão da vida. O Genfest só foi essa potência porque transmitiu vida, a vida daqueles que buscaram concretizar esse desejo, que vai ao encontro dos ensinamentos de Deus. A partir das experiências compartilhadas, pudemos transmitir e compartilhar esse sentimento. Para mim, todas as experiências que partilhamos são um legado, que nos leva a colocar o Evangelho em prática. É a partir da vida que conseguimos contagiar e alcançar tantas pessoas!”, completou Vitor.

(Colaborou: Bruna Vieira/Divulgação Genfest)

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