Em um evento promovido pelo Ministério da Saúde, na segunda-feira, 25, o ministro Marcelo Queiroga assegurou que o Brasil está atento ao crescimento de casos da “varíola dos macacos” (Monkeypox) e pronto para combater o vírus.
“Nós aqui no Brasil já vínhamos fazendo nosso dever de casa desde o primeiro rumor, desde o primeiro caso suspeito. Preparamos nossa estrutura para fazer o diagnóstico. Temos quatro laboratórios hoje no Brasil com capacidade para isso”, disse Queiroga. Os laboratórios em questão estão no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo; na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais; na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro; e no laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“Desde o início, começamos a fazer o diagnóstico e o acesso a ele está disponível. Fizemos alertas para as secretarias estaduais de saúde e para as secretarias municipais. Os casos são identificados, são isolados”, acrescentou.
Até a tarde da segunda-feira, já havia a confirmação de 696 casos da “varíola dos macacos” no Brasil. Ela é causada por um vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de abraço, beijo, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos e superfícies que foram utilizadas pelo infectado.
Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O paciente pode ter febre, dor no corpo e apre- sentar manchas, pápulas [pequenas lesões sólidas que aparecem na pele] que evoluem para vesículas [bolhas contendo líquido no interior] até formar pústulas [bolinhas com pus] e crostas [formação a partir de líquido seroso, pus ou sangue seco].
Em recente nota à imprensa, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do estado de São Paulo apontou que, apesar do nome, o Monkeypox “é um vírus que infectou roedores na África; os macacos, assim como o homem, são hospedeiros acidentais. Apesar de o vírus receber essa nomenclatura, ele não tem a participação dos primatas na transmissão para as pessoas. Todos os casos identificados até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídos à contaminação por transmissão entre humanos”.
Fontes: Agência Brasil e Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo