Gabriel Araújo, 22, foi grande destaque ao ser o campeão em uma das disputas da natação
A primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 veio de onde se esperava: da natação. E com um dos favoritos: Gabriel Araújo, 22, o Gabrielzinho, campeão na final dos 100m costas da classe S2 (limitações físico-motoras), com o tempo de 1min53s67, na Arena Paris La Defense, na quinta-feira, 29.
“Estou muito feliz, não sei nem como agradecer. Não tenho nem dimensão do que é tudo isso. Meu sorriso está sendo levado para todos os cantos do mundo. Eu me senti em casa. A prova foi perfeita, perfeita, perfeita. As noites de sono que eu e meu treinador perdemos neste ciclo compensaram demais. Tudo o que trabalhei psicologicamente deu certo”, afirmou Gabrielzinho.
Em sua segunda participação em Jogos Paralímpicos, Gabrielzinho tem agora quatro medalhas, sendo três ouros (50m livre, 200m livre, 100m costas) e uma prata (100m costas), sendo três conquistadas em Tóquio 2020.
O mineiro havia disputado os mesmos 100m costas em Tóquio 2020 e conquistado a medalha de prata.
“Eu e meu treinador, a gente trabalhou pra caramba, a gente fez de tudo pra que essa medalha de prata virasse ouro. Eu estou feliz demais, é um sonho realizado, e posso gritar que eu sou campeão dos 100 metros costas”, disse Gabrielzinho, que foi um dos porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura, no dia anterior, ao lado de Beth Gomes, do atletismo.
BRONZE COM GABRIEL BANDEIRA
Ainda na quinta-feira, 29, o paulista Gabriel Bandeira conquistou a medalha de bronze na prova 100m borboleta S14 (atletas com deficiência intelectual) F masculino, com o tempo de 55s08. O ouro ficou com o dinamarquês Alexander Hillhouse e a prata com o britânico William Ellard.
Essa é a quinta medalha em Jogos Paralímpicos de Gabriel Bandeira. Ele ganhou ouro nos 100m borboleta, prata nos 200m livre e 200m medley e bronze no revezamento 4x100m livre misto S14 nos Jogos de Tóquio 2020.
“A gente não é testado a cada quatro anos. Todo dia a gente é testado com nossos treinos, nossas dificuldades ali no dia a dia. E quem conseguir lidar melhor com isso acaba levando a melhor medalha aqui, né? No caso, acho que eu não consegui lidar muito bem com um pouco de frustração no começo do ano. Com a minha temporada que estava meio difícil”, afirmou
PHELIPE ANDREWS GANHA SUA 9ª MEDALHA EM JOGOS
O pernambucano Phelipe Andrews Rodrigues conquistou a medalha de prata nos 50m livre S10 masculino. Ele fez a prova em 23s54. O ouro ficou com o australiano Thomas Gallagher com 23s40 e o bronze com o compatriota dele, Rowan Crothers, com 23s79.
Essa foi a 9ª medalha em Jogos Paralímpicos do nadador brasileiro, que agora contabiliza seis pratas e três bronzes.
“Foi um ano bem difícil em todos os aspectos. Eu mesmo me cobrando muito, muita pressão. Nossa, minha última edição de jogos. Passei várias noites em claro, sem conseguir dormir, quando eu cheguei aqui na França. Eu estou feliz pra caramba. Eu costumo dizer que fiquei muito próximo do ouro, assim como eu fiquei no Rio. Mas a gente como atleta de alto rendimento sabe o que é a luta.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro