Paris 2024: Brasil tem feitos históricos no judô, na natação e no atletismo paralímpico

A sexta-feira, 6, em Paris marcou dois feitos históricos para o atletismo e a natação brasileira em Jogos Paralímpicos. Thiago Paulino conquistou a 200ª medalha do atletismo brasileiro com a prata no arremesso de peso; enquanto na natação, Gabriel Bandeira foi prata nos 100m costas, na 150ª medalha da natação. Juntas, as duas modalidades acumulam 350 dos 443 pódios do Brasil em Jogos Paralímpicos.

A sexta-feira trouxe mais oito medalhas ao Brasil, que agora soma 70 em Paris e se aproxima do recorde de 72 do Rio 2016 e Tóquio 2020.

DIA DO BICAMPEONATO DE ALANA MALDONADO

Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro


A paulista Alana Maldonado, 29, se tornou bicampeã paralímpica no judô ao vencer a chinesa Yue Wang, na final da categoria até 70kg da classe J2 (atletas que conseguem definir imagens). Alana foi a primeira mulher brasileira a ganhar a medalha dourada no judô no megaevento, em Tóquio 2020.

A carioca Brenda Freitas conquistou a prata ao vencer a grega Theodora Paschalidou, na semifinal, e perder para a chinesa Li Liu na decisão na categoria até 70kg da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz).

Também foram à disputa do bronze, mas não conquistaram medalhas: Harlley Arruda, da categoria até 73kg na classe J1; Kelly Victório, da categoria até 70kg da classe J2; e Lúcia Teixeira, da categoria até 57kg da classe J2.

UM DIA ESPECIAL PARA TALISSON NA NATAÇÃO

O nadador catarinense Talisson Glock, 29, venceu os 400m livre da classe S6 (limitações físico-motoras), conquistou seu primeiro ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris e o bicampeonato paralímpico. Ele ganhou a medalha dourada na mesma distância nos Jogos de Tóquio 2020.

Talisson finalizou a prova com o tempo de 4min49s55, novo recorde das Américas: “Eu fico muito, muito feliz com o que eu tenho feito aqui nessa competição. Foi muita entrega, muita dedicação. Melhor recorde pessoal. E não acabou, amanhã tem a última para a gente encerrar. Eu tenho uma grande conexão mesmo com o meu técnico. Eu já tentei em alguns momentos da minha carreira fazer alguma coisa diferente, mas eu sempre acabo retornando para ele. É muito bom ter o Felipe do meu lado, ele é um técnico muito bom. E isso é fruto do nosso trabalho, a gente plantou, plantou e agora a gente está colhendo”.

Nos 100m costas da classe S14 (deficiência intelectual), o paulista Gabriel Bandeira conquistou a medalha de prata, com o tempo de 58s54, novo recorde das Américas. O ouro foi para o australiano Benjamin Hance (57s04) e o bronze para o britânico Mark Tompsett(59s21).

Já o paulista Samuel Oliveira  foi quarto lugar nos 50m borboleta da classe S5 (limitações físico-motoras) com o tempo de 32s33. E a mineira Laila Suzigan ficou em quarto lugar nos 400m livre da classe S6 (limitações físico-motoras) com o tempo de 5min33s02.

MAIS CONQUISTAS NO ATLETISMO


Thiago Paulino foi prata no arremesso de peso F57, destinado a atletas que competem sentados.


A paulista Zileide Cassiano, 26, conquistou sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos no salto em distância, da classe T20 (deficiência intelectual). Ela levou a prata com 5,76m.


A piauiense Antônio Keyla conquistou a medalha de bronze na final dos 1500m T20 (deficiência intelectual) dos Jogos Paralímpicos de Paris. Ela chegou na terceira colocação com o tempo de 4min29s40, cravando o novo recorde das Américas. A marca anterior era da própria Keyla – 4min30s75.

BRONZE PARA MARIA DE FÁTIMA NO HALTEROFILISMO


A amazonense Maria de Fátima Castro, 30, conquistou a medalha de bronze na categoria até 67kg na Arena La Chapelle. A atleta alcançou o resultado com um levantamento de 133kg. O ouro ficou com a chinesa Yujiao Tan, com 1 42kg (novo recorde mundial) e a prata com a egípcia Fatma Elyan, com 139kg.

O resultado garantiu à Maria o recorde das Américas. A melhor marca continental anterior era da mexicana Amalia Perez Vazques, que suportou 132kg em junho deste ano, em etapa da Copa do Mundo na Geórgia.

Maria é estreante em Jogos Paralímpicos. Ela tem má-formação congênita nas pernas. Conheceu o halterofilismo em 2017 e passou a se dedicar à modalidade em 2019. Foi medalhista de prata no Mundial de halterofilismo de Dubai em 2023 na disputa por equipes femininas, ao lado da mineira Lara Lima e da carioca Tayana Medeiros.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro

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